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Opinião

- Publicada em 09 de Dezembro de 2020 às 03:00

Ódio maior que o combate ao racismo

O município de Bauru (SP) elegeu a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) com 89 mil votos. Uma mulher negra ocupando a cadeira de chefe do Executivo numa cidade com quase 400 mil habitantes deveria ser motivo de vitória para os coletivos feminista e negro, contudo, não é o que vimos. O aparelhamento ideológico desses movimentos é tal que a eleição da primeira negra nos 124 anos da história de Bauru foi tratada como irrelevante, uma vez que ela não se encaixa nos padrões "revolucionários" exigidos.
O município de Bauru (SP) elegeu a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) com 89 mil votos. Uma mulher negra ocupando a cadeira de chefe do Executivo numa cidade com quase 400 mil habitantes deveria ser motivo de vitória para os coletivos feminista e negro, contudo, não é o que vimos. O aparelhamento ideológico desses movimentos é tal que a eleição da primeira negra nos 124 anos da história de Bauru foi tratada como irrelevante, uma vez que ela não se encaixa nos padrões "revolucionários" exigidos.
Além de mulher negra, Suéllen também se define como evangélica e conservadora. Estas duas características são suficientes para os "racistas do bem" da esquerda questionarem desde a relevância de sua eleição até a cor de sua pele. Verdadeiros tribunais de exceção foram montados nas redes sociais para avaliar o grau de representatividade da nova prefeita.
Não basta o preconceito sofrido por Suéllen de racistas convencionais, cujas ameaças foram devidamente encaminhadas à Polícia. Agora ela tem que lidar com aqueles que a consideram "menos negra" por causa das suas crenças.
Embora lamentável, não é a primeira vez que os movimentos negro e feminista defendem uma agenda ideológica em detrimento da minoria que dizem representar.
Recentemente, uma das vereadoras mais bem votadas de Curitiba (PR), Indiara Barbosa (Novo), foi alvo de piada sexista dos humoristas "politicamente corretos" do programa Porta dos Fundos - os mesmos que alegam haver limite para fazer piada enquanto passam dos limites com a candidata da direita.
Antes dela, o vereador paulista Fernando Holiday (Patriota) foi alvo de inúmeros "racistas do bem" que o chamam de "capitão do mato" por ser um negro liberal e conservador. Isso é o que ocorre quando grupos criados para combater o preconceito e a discriminação agem a serviço de uma agenda ideológica que desconsidera direitos individuais: a defesa das minorias acaba em segundo plano, o que acarreta mais segregação e intolerância.
Vereador de Porto Alegre (PSDB)
 
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