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Opinião

- Publicada em 08 de Dezembro de 2020 às 15:24

Governança, uma imagem leiloeira e entreguista

Brasileiro, o lema da Brigada de Infantaria Paraquedista, de cunho estrita e eminentemente patriótico, foi modificado pelo comandante-em-chefe da Força Armada, que acrescentou frase que nada tem a ver com a grande unidade e que demonstra o fanatismo religioso de que é possuído, fazendo-o esquecer que o Estado é laico e, às vezes, que o País está, ou deveria estar, acima de tudo. O capitão em quem votei e para quem também fiz campanha, quando candidato, deu a palavra que no seu governo não haveria "toma lá, dá cá" e, enfaticamente, prometeu não privatizar empresas estatais estratégicas, citando nominalmente o nosso Setor Elétrico e, em especial, Furnas. Em verdade, todavia, está emprestando imagem nitidamente entreguista a atual governança.
Brasileiro, o lema da Brigada de Infantaria Paraquedista, de cunho estrita e eminentemente patriótico, foi modificado pelo comandante-em-chefe da Força Armada, que acrescentou frase que nada tem a ver com a grande unidade e que demonstra o fanatismo religioso de que é possuído, fazendo-o esquecer que o Estado é laico e, às vezes, que o País está, ou deveria estar, acima de tudo. O capitão em quem votei e para quem também fiz campanha, quando candidato, deu a palavra que no seu governo não haveria "toma lá, dá cá" e, enfaticamente, prometeu não privatizar empresas estatais estratégicas, citando nominalmente o nosso Setor Elétrico e, em especial, Furnas. Em verdade, todavia, está emprestando imagem nitidamente entreguista a atual governança.
Traindo o eleitorado, enviou ao congresso um PL para privatizar a Eletrobras, empresa que um banqueiro, não confiável e dissimulado, afirmou ser deficitária e "irrecuperável", mas que em 2018 deu lucro de mais de R$ 13 bilhões e, em 2019, lucro de mais de R$ 10 bilhões (atentem que ele quer entregar a estatal por menos de R$ 20 bilhões) . Para espanto geral, evidencia posicionamento de “duas caras”, uma hora convidando o vice-presidente Al Gore dos EUA, para uma exploração conjunta da Amazônia, contrastando com a bravata dirigida a Joe Biden, presidente recém eleito daquele país, que nos ameaçou com retaliações comerciais, no caso da permanência das derrubadas e queimadas naquele grande ecúmeno. O que é isso presidente?
E não nos esqueçamos das barbaridades que o titular do Ministério da Economia disse na tal reunião divulgada por ordem do STF, que seria motivo mais que suficiente para a sua demissão e execração. Ao contrário, ganhou ainda mais apoio de um presidente imprevisível.
Não basta o chefe da nação ter tirado pilantras “petralhas” do governo, posar de honesto e cumprir com algumas poucas promessas de campanha. Sabia-se que um notório banqueiro seria ministro, mas jamais que o supremo mandatário lhe daria carta branca para destruir o Estado, especialmente a infraestrutura construída pelos governos dos militares, estes que, em grande parte, hoje se calam frente ao desmonte planejado. Sei que muitos, inclusive no governo, não admitem o atual desmantelamento selvagem em andamento, mas, além da indignação, precisam expor seu sentimento, máxime os que ocupam postos-chave. Podemos até tentar engolir as trapalhadas "de corpo de exército" que o presidente vem cometendo, mas não votamos nele para apoiar negociatas inveteradas, vendendo patrimônio público, fato que precisa ser contido em sua extrema paranoia liberal.
Coronel de infantaria e Estado-Maior
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