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Opinião

- Publicada em 27 de Novembro de 2020 às 17:32

Discutindo questões de gênero

O primeiro mandatário da Nação defende que as “questões de gênero” não devem ser estudadas na escola. Quando deputado, chegou inclusive a dizer a uma parlamentar do RS que “não a estupraria, porque ela não merecia”. No Brasil, não devido a essa declaração, mas sim ao desrespeito que grande parte dos homens apresenta com relação às mulheres, matam-se em torno de sete mulheres por hora, e os assassinos, em geral, são os namorados e maridos. Conforme a Agência Brasil, em 2019, para ter um número recente, 47,24% dos homens ganharam R$ 3.946, enquanto as mulheres receberam R$ 2.680. Em 2020, acontecem em torno de 180 estupros por dia no País.
O primeiro mandatário da Nação defende que as “questões de gênero” não devem ser estudadas na escola. Quando deputado, chegou inclusive a dizer a uma parlamentar do RS que “não a estupraria, porque ela não merecia”. No Brasil, não devido a essa declaração, mas sim ao desrespeito que grande parte dos homens apresenta com relação às mulheres, matam-se em torno de sete mulheres por hora, e os assassinos, em geral, são os namorados e maridos. Conforme a Agência Brasil, em 2019, para ter um número recente, 47,24% dos homens ganharam R$ 3.946, enquanto as mulheres receberam R$ 2.680. Em 2020, acontecem em torno de 180 estupros por dia no País.
Esses dados são alarmantes e desrespeitam as mulheres. Por causa desses números, as “questões de gênero” precisam obrigatoriamente ser discutidas.
Talvez se devessem montar estruturas policiais que protegessem a mulher, embora, em algumas cidades, já existam Delegacias da Mulher. Talvez os políticos precisassem desenvolver projetos que obrigassem as empresas a pagarem os mesmos salários dos homens, se elas exercessem as mesmas funções. E a mídia poderia realizar campanhas para conscientizar os machos acerca da importância de respeitá-las.
Platão, um dos três grandes filósofos da Grécia antiga, já escreveu, na sua “República”, que as mulheres poderiam exercer quaisquer atividades. Dependeria apenas das características de cada ser humano em particular. Logo, por esse viés, não existem trabalhos femininos ou masculinos.
Anos atrás a Universidade de São Paulo (USP) realizou um estudo que comprovou o elevado nível de inteligência da mulher, superior em muitos aspectos em comparação com os homens. O IBGE registrou que as mulheres representam 51,7% dos trabalhadores do Brasil, porém somente 37,8% delas ocupam cargos de chefia. Mas, se os estudos dizem que elas são mais inteligentes, por que o número não é maior? Talvez somente por preconceito.
E o preconceito deveria terminar, não só em relação às mulheres, mas em relação aos gays, aos deficientes, aos negros, aos índios, aos idosos, aos pobres, aos analfabetos, aos religiosos, aos ateus, aos esquerdistas, aos direitistas. Não deveríamos agir com preconceito em nenhuma situação.
Professor e escritor
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