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Opinião

- Publicada em 27 de Novembro de 2020 às 03:00

Novas gerações e oportunidades no campo

"Estude, pois a caneta é mais leve do que o peso da enxada." Por muitos e muitos anos, essa frase foi seguida à risca por jovens do interior em todos os cantos do país. Assim, rumaram aos grandes centros urbanos em busca de qualificação e oportunidades. Isolamento, falta de renda, carência de assistência médica, dificuldade de acesso à educação superior: todos esses motivos impulsionaram a migração. Mas, principalmente, a sensação de ausência de oportunidades contribuiu para o chamado êxodo rural. Era como se no campo não coubessem os sonhos das novas gerações. De acordo com o Censo Agropecuário realizado em 2017 pelo IBGE, apenas 5% da população rural brasileira tem menos de 30 anos.
"Estude, pois a caneta é mais leve do que o peso da enxada." Por muitos e muitos anos, essa frase foi seguida à risca por jovens do interior em todos os cantos do país. Assim, rumaram aos grandes centros urbanos em busca de qualificação e oportunidades. Isolamento, falta de renda, carência de assistência médica, dificuldade de acesso à educação superior: todos esses motivos impulsionaram a migração. Mas, principalmente, a sensação de ausência de oportunidades contribuiu para o chamado êxodo rural. Era como se no campo não coubessem os sonhos das novas gerações. De acordo com o Censo Agropecuário realizado em 2017 pelo IBGE, apenas 5% da população rural brasileira tem menos de 30 anos.
No entanto, a introdução de tecnologia no agronegócio tem ajudado a virar esse jogo. Aos poucos, os jovens optam por fixar moradia ou até retornar a seus locais de origem invertendo uma forte tendência que ocorreu entre os anos 1960 e 2000. Esse movimento se enquadra no brain gain (ganho de cérebros) e se contrapõe ao brain drain (fuga de cérebros), que tínhamos até há pouco em velocidade preocupante.
Com isso, uma geração qualificada, conhecedora de novos processos e que aposta na inovação para dar um novo gás à economia agrícola seja nas pequenas ou grandes propriedades. Ferramentas como big data, algoritmos que ajudam a melhorar o desempenho, novidades da agricultura 4.0 e equipamentos sofisticados estão diretamente relacionados a esse movimento e à retenção de talentos. Inclusive, os recursos que até há pouco só estavam disponíveis aos grandes produtores agora estão chegando aos pequenos.
Liderada pelos jovens, uma revolução digital com ganhos expressivos de produtividade acontecerá nos próximos anos nas lavouras. E isso terá um impacto muito positivo na economia nacional. Visto como celeiro do mundo e com papel estratégico na produção mundial de alimentos, o Brasil reforçará sua vocação e avançará ainda na conquista de novos mercados externos. A inteligência aliada à tecnologia será a resposta para a necessidade alimentar de atender a cerca de 8,3 bilhões de pessoas no planeta. E quanto maior a conexão e as possibilidades de potencializar a produção, melhores serão os resultados para um setor tão decisivo como o agropecuário.
Agrônomo e CEO da ConnectFarm
 
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