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Opinião

- Publicada em 25 de Novembro de 2020 às 03:00

As eleições e a pandemia

A realização das eleições em meio a uma pandemia é no mínimo incoerente, quando pedimos para que as pessoas evitem sair às ruas. A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara, quanto a não deixar nada para depois, especialmente em ano eleitoral. A atividade da administração é prejudicada, se agravando ainda mais nos municípios onde há 2º turno.
A realização das eleições em meio a uma pandemia é no mínimo incoerente, quando pedimos para que as pessoas evitem sair às ruas. A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara, quanto a não deixar nada para depois, especialmente em ano eleitoral. A atividade da administração é prejudicada, se agravando ainda mais nos municípios onde há 2º turno.
Em Santo Antônio da Patrulha, depois de 31 mortes, com a chegada da primavera, parecia que tudo estava melhorando. Permanecemos por várias semanas consecutivas em bandeira laranja, classificação do Modelo de Distanciamento Controlado adotado pelo governo do Estado para determinar a gravidade da pandemia nas regiões.
No entanto, no início deste mês, os casos voltaram a aumentar em todo o Rio Grande do Sul, reflexo do feriadão de 2 de novembro, e em nosso município não foi diferente. Em menos de uma semana, infelizmente, já registramos dois novos óbitos.
O calor da campanha leva pessoas às ruas, a fazer "bandeiraços", carreatas e tivemos que intervir para coibir aglomerações. Mas, a maioria das pessoas está cansada das regras. Quem não está? O que parecia estar chegando ao fim, reiniciou, especialmente entre pessoas mais jovens e na população economicamente ativa, ou seja, os que estão nas ruas.
As eleições em 2020 ainda agravaram outro problema para a segurança sanitária de todos: a falta de conscientização. A partir de falsas notícias de que a pandemia não existe ou de que "casos são abafados" para que o eleitor perca o medo do contágio nas urnas, abrem as portas para o vírus. As consequências desta falta de consciência já estão podendo ser sentida e lamentadas.
Acredito que este cansaço da população frente à pandemia também repercutiu diretamente no resultado das eleições. Abstenção, votos de protesto foram os mais altos de toda a história.
Os candidatos da situação, que representavam a continuação de governos também foram penalizados por isso. A promessa de mudança pode ter feito muitos acreditarem em um novo modelo de enfrentamento da calamidade pública. O que, na verdade, sabemos que é impossível, pois quando se luta contra uma doença letal, que ainda não possui vacina ou tratamento, a única proteção que temos é o distanciamento social.
Assim, acredito em grandes equívocos no processo eleitoral em muitas cidades brasileiras que também ocorrerão no segundo turno, afinal, eleições e pandemia não combinam.
Prefeito de Santo Antônio da Patrulha (MDB)
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