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Opinião

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 17:55

Nova ordem econômica nos clubes de futebol

Tratar o futebol como negócio tem sido um grande desafio aos clubes brasileiros e passa pela sua estruturação dentro e fora de campo. A dinâmica do atual modelo de gestão - associação sem fins lucrativos - sugere uma profunda avaliação. Mudanças são necessárias.
Tratar o futebol como negócio tem sido um grande desafio aos clubes brasileiros e passa pela sua estruturação dentro e fora de campo. A dinâmica do atual modelo de gestão - associação sem fins lucrativos - sugere uma profunda avaliação. Mudanças são necessárias.
Por onde começar? Pelo diagnóstico das áreas que compõem o clube: futebol, social e outros esportes. Quais ações tomar? Estabelecimento das linhas de atuação entre os que decidem pelo clube; revisão do estatuto social; definição dos organogramas estatutário e executivo; desenvolvimento do planejamento estratégico (visão, negócio, metas, indicadores, estratégias) e orçamentário (anual e plurianual).
Todas estas medidas irão nortear as ações futuras do clube dentro de uma gestão continuada, integrada e transparente. A execução do planejamento estratégico e orçamentário é liderada por um CEO, como já ocorre em alguns clubes, juntamente com os profissionais que compõem o organograma executivo/operacional.
Um modelo de gestão profissional focado em negócio deixará o clube atrativo, com time forte e competitivo para conquistar títulos, incrementará sócios torcedores, trará equilíbrio entre receitas e gastos, otimizará os investimentos no futebol, infraestrutura, tecnologia e ciência. Fortalecerá a marca.
Com inteligência, estratégia e coragem, é possível virar esse jogo. Os clubes que já iniciaram o processo de mudanças, ao mesmo tempo representam riscos, pois irão se distanciar dos demais, abocanharão os títulos e maiores receitas, gerando competitividade desigual, o que é péssimo para o futebol. Ganhará o clube com gestão eficaz.
Estabelecer métricas para os eventos geradores de receitas e de gastos gera crescimento sustentável: programa sócio torcedor, venda de atletas, projetos de lei de incentivo, patrocínios e publicidade, contratos de TV, ações de marketing, loterias e premiações, bilheteria, royalties, lojas, gastos com futebol e administrativo, parcelamentos, empréstimos, fornecedores, participações, comissões. Precisa sobrar para os investimentos.
Clube-empresa? Sim. Mas, antes, deve-se estruturar o próprio clube. A transição do atual modelo para um de perfil empresarial, com as melhores e mais modernas práticas de governança corporativa e foco na saúde financeira, requer um movimento pacífico e sem extremismo, com entendimento e negociação.
CEO de Futebol
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