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Opinião

- Publicada em 18 de Setembro de 2020 às 03:00

A transparência está se tornando um ativo

A semana passada foi importante para o clima. No dia 8 de setembro, o Banco Central lançou a dimensão Sustentabilidade da Agenda BC# que engloba medidas de responsabilidade socioambiental direcionadas tanto ao sistema financeiro quanto ao próprio Banco Central. Para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não se pode mais negar a centralidade da questão ambiental para a sustentabilidade do próprio sistema financeiro.
A semana passada foi importante para o clima. No dia 8 de setembro, o Banco Central lançou a dimensão Sustentabilidade da Agenda BC# que engloba medidas de responsabilidade socioambiental direcionadas tanto ao sistema financeiro quanto ao próprio Banco Central. Para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não se pode mais negar a centralidade da questão ambiental para a sustentabilidade do próprio sistema financeiro.
Dentro das medidas anunciadas, está a ampliação da transparência com base nas recomendações da "Força-tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima" (TCFD), na sigla e inglês. Incluindo a divulgação de metas, métricas e mensuração dos riscos do BC até dezembro de 2022.
Aumentar a transparência das divulgações relacionadas ao clima não é mais uma opção, é uma necessidade que se confirma no crescente interesse pela TCFD. Estabelecida em 2015, pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) a pedido do G20, a TCFD já é seguida por mais de 1.440 organizações, representando mais de US$ 12,6 trilhões. As recomendações foram lançadas em 2017 e são baseadas em 11 princípios.
Na mesma semana, a 2Investing Initiative, líder no desenvolvimento de medidas de risco climático, lançou a metodologia definida como "Avaliação da Transição de Capital do Acordo de Paris", PACTA na sigla em inglês. A metodologia, gratuita, permite aos bancos medir o alinhamento de suas carteiras frente aos cenários climáticos. O PACTA tem adesão de 20% dos 100 maiores bancos do mundo, incluindo os Itaú Unibanco, Citi e Santander. O calcanhar de Aquiles, contudo, está no fato de que as informações das empresas são coletadas de bancos de dados que rastreiam empresas públicas e privadas em todo o mundo. Isso é, mesmo se a corporação não fornecer, o dado será coletado.
Então, se sua empresa ainda não adotou processos de mapeamento de riscos e impactos, nem conta com gestão dos indicadores de performance não-financeira, ou ainda não adotou frameworks para divulgações de dados ESG, alinhando as informações em relatórios reportes corporativos - releases, Formulário de Referência, relatórios anuais/sustentabilidade ou integrado) - é hora de começar. O que está em risco é sua capacidade de investimentos ser comprometida pelas políticas socioambientais de instituições financeiras e outros provedores de capital.
Consultura em ESG
 
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