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Opinião

- Publicada em 20 de Agosto de 2020 às 03:00

Eleições 2020: um cenário de dificuldades

Desde a vedação das coligações partidárias nas eleições proporcionais, com a Emenda Constitucional no 97 de 2017, que sabemos que a eleição municipal deste ano vai requerer muita atenção por parte dos eleitores. Estima-se que o número de candidatos (a vereador e prefeito) vai aumentar cerca de 50%, passando a marca de 700 mil. Pela primeira vez, os partidos formarão um bloco único para o lançamento dos seus postulantes às Câmaras Municipais. Por um lado, isso é extremamente positivo: sabemos que o voto do eleitor não correrá riscos de acabar sendo dirigido ao candidato mais votado de um partido diverso, contra a sua vontade, apenas pelo fato de que os partidos compunham uma coligação. Há, porém, uma outra face: quanto maior for o número de opções, maior será a dificuldade da escolha.
Desde a vedação das coligações partidárias nas eleições proporcionais, com a Emenda Constitucional no 97 de 2017, que sabemos que a eleição municipal deste ano vai requerer muita atenção por parte dos eleitores. Estima-se que o número de candidatos (a vereador e prefeito) vai aumentar cerca de 50%, passando a marca de 700 mil. Pela primeira vez, os partidos formarão um bloco único para o lançamento dos seus postulantes às Câmaras Municipais. Por um lado, isso é extremamente positivo: sabemos que o voto do eleitor não correrá riscos de acabar sendo dirigido ao candidato mais votado de um partido diverso, contra a sua vontade, apenas pelo fato de que os partidos compunham uma coligação. Há, porém, uma outra face: quanto maior for o número de opções, maior será a dificuldade da escolha.
Somado a esse problema, em razão da pandemia do coronavírus que continua a nos assolar, o debate público será majoritariamente concentrado no ambiente virtual. Espera-se uma forte migração do contato interpessoal para as redes sociais. Até mesmo as convenções partidárias poderão ser realizadas virtualmente. Germinam, com isso, mais uma gama de dificuldades: realização de comícios, passeatas, visitas aos eleitores, etc. Tudo isso, por óbvio, dificulta a capacidade dos candidatos de se tornarem conhecidos e expressarem as suas ideias.
Pelas incertezas que ainda temos com relação ao coronavírus, muitos eleitores, amedrontados, preferirão ficar em suas residências a sair para votar, esquecendo-se do pleito eleitoral. Corremos o risco de esta ser a eleição com o maior índice de abstenção da história. Se diante deste cenário ainda tivermos espaço para falarmos de algo positivo, chamo a atenção para a oportunidade que se apresenta de inclusão digital daqueles que ainda não participavam da cena política em ambientes virtuais. Muitas pessoas, que não haviam sido incluídas digitalmente, se sentirão compelidas a entrar nesse mundo. É momento de efetuarmos uma grande convocação para esse debate digital que está por vir e, em última análise, para a democracia.
As adversidades, como visto, são muitas. Teremos que ser criativos e flexíveis para viabilizar a melhor e mais democrática eleição possível.
Advogado
 
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