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Opinião

- Publicada em 17 de Agosto de 2020 às 16:26

Mensagem aos candidatos: ninguém mais engana ninguém

O mais famoso Manual de Campanha Eleitoral que se conhece data de 63 a.C. foi escrito por Quinto Túlio Cícero, administrador de província romana, para seu irmão famoso, o orador Marco Túlio Cícero, o qual, naquele ano, decidiu candidatar-se a cônsul, uma espécie de magistrado supremo do Senado romano. Quinto dividiu seus conselhos em 58 pontos, nos quais adverte o irmão sobre como e o que falar com as pessoas, a quais grupos agradar, o que não dizer, como explorar os defeitos dos rivais. “É mais importante ser um bom candidato do que uma boa pessoa”, ensina ele. Quinto também orientava que Cícero devia ir todos os dias, já de manhã, para o Fórum, no centro de Roma, para a “prensatio” - o aperto de mão.
O mais famoso Manual de Campanha Eleitoral que se conhece data de 63 a.C. foi escrito por Quinto Túlio Cícero, administrador de província romana, para seu irmão famoso, o orador Marco Túlio Cícero, o qual, naquele ano, decidiu candidatar-se a cônsul, uma espécie de magistrado supremo do Senado romano. Quinto dividiu seus conselhos em 58 pontos, nos quais adverte o irmão sobre como e o que falar com as pessoas, a quais grupos agradar, o que não dizer, como explorar os defeitos dos rivais. “É mais importante ser um bom candidato do que uma boa pessoa”, ensina ele. Quinto também orientava que Cícero devia ir todos os dias, já de manhã, para o Fórum, no centro de Roma, para a “prensatio” - o aperto de mão.
Por incrível que pareça, pouco mudou nos últimos 21 séculos, pois muitos “marketeiros” continuam copiando e aplicando os ensinamentos de Quinto. Para esses, continua valendo a premissa de que o mais importante é a campanha em si e não o candidato. O livro Política Integrativa, de Giovani Cherini, recentemente lançado e que tem como alvo os candidatos a vereadores e prefeitos, orienta no sentido inverso, ou seja - o mais importante numa campanha é o candidato, o seu comportamento, a mensagem, seus objetivos e a sua real intenção de criar conexões, construir pontes. Existe uma máxima que diz o seguinte: “Diga-me com quem andas e te direi quem és!”. Ela se tornou clássica a nossos pais quando eles queriam nos afastar da má influência das companhias. Cuidado com quem andas, com quem te aconselhas e com quem te assessora numa campanha.
Muitos impõem modelos, ideias, conceitos e hábitos que poderão até trazer resultados positivos em um primeiro momento, mas também podem produzir maus resultados e frustrações aos candidatos. Portanto, faz-se necessário elevar o “ser” candidato (o homem de carne e osso), a partir das suas qualidades e dos seus defeitos. As pessoas precisam enxergar no candidato um ser real que pense no todo, que enxergue o todo e que atue pelo todo. A política integrativa exige personagens com esse perfil. Ninguém mais engana ninguém.
Especialista em Marketing Político e Eleitoral
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