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Opinião

- Publicada em 17 de Agosto de 2020 às 03:00

Uma nova Guerra Fria?

Duas grandes potências mundiais, duas visões opostas. Estados Unidos e China, nos últimos anos, vêm intensificando cada vez mais uma dinâmica nada amistosa. Como dissera Kissinger, um dos grandes arquitetos da política externa americana: "os Estados Unidos jogam xadrez e a China, Weiqi (jogo das peças circundantes)". Ao se referir ao tabuleiro da geopolítica, Kissinger quis dizer que a estratégia americana é direta e visa o xeque-mate, enquanto a chinesa é indireta e visa circundar suas ameaças. O fato é que isso fica, a cada dia, mais claro. São quatro os marcadores geopolíticos dessa tensão sino-americana: 1) as águas conflituosas do Mar do Sul da China, 2) a geopolítica do 5G, 3) a espionagem e 4) a diplomacia.
Duas grandes potências mundiais, duas visões opostas. Estados Unidos e China, nos últimos anos, vêm intensificando cada vez mais uma dinâmica nada amistosa. Como dissera Kissinger, um dos grandes arquitetos da política externa americana: "os Estados Unidos jogam xadrez e a China, Weiqi (jogo das peças circundantes)". Ao se referir ao tabuleiro da geopolítica, Kissinger quis dizer que a estratégia americana é direta e visa o xeque-mate, enquanto a chinesa é indireta e visa circundar suas ameaças. O fato é que isso fica, a cada dia, mais claro. São quatro os marcadores geopolíticos dessa tensão sino-americana: 1) as águas conflituosas do Mar do Sul da China, 2) a geopolítica do 5G, 3) a espionagem e 4) a diplomacia.
O Mar do Sul da China é uma das rotas marítimas com maior circulação internacional de mercadorias e, também, rica em hidrocarbonetos. A China, com a sua estratégia de criar uma "nova rota da seda", tem se esforçado para adequar a sua marinha no avanço de águas internacionais, com seus submarinos nucleares e tecnologia militar considerável. Ao reivindicar todo o Mar, ou seja, inclusive as águas internacionais, os chineses têm gerado preocupação aos Estados Unidos, que farão o que estiver ao alcance para não permitir essa projeção.
O 5G, considerado como a tensão geopolítica do século, praticamente está dividindo o mundo em dois ecossistemas tecnológicos: o americano e o chinês. A tecnologia que irá ampliar consideravelmente a velocidade de conexão da internet é impreterível para questões sensíveis como a automação da indústria 4.0, a inteligência artificial, os veículos autômatos, a robótica e até novos armamentos. A questão é simples: quem dominar o 5G, dominará uma porção de elementos geopolíticos sensíveis.
No campo da espionagem, o exemplo mais recente foi a acusação de Washington contra Pequim, da invasão de hackers chineses nas pesquisas americanas envolvendo a nova vacina para o coronavírus.
Por fim, a questão diplomática. Os Estados Unidos determinaram o encerramento das atividades do Consulado chinês em Houston, no Texas (verdadeiro hub tecnológico americano). A motivação de Washington estava dirigida às questões de propriedade intelectual e privacidade dos americanos. A reação chinesa veio logo, com o fechamento do consulado americano na cidade de Chengdu, na China.
Sim, estamos em uma nova Guerra Fria.
Consultor de Relações Internacionais
 
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