Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 17 de Agosto de 2020 às 03:00

O alerta sobre as exportações do Brasil à China

A descoberta de vestígios do coronavírus, em embalagem de frango brasileiro congelado na chegada à China, acendeu alerta. A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao tomar conhecimento do assunto, minimizou o perigo de contaminação em embalagens e mesmo diretamente por produtos alimentícios.
A descoberta de vestígios do coronavírus, em embalagem de frango brasileiro congelado na chegada à China, acendeu alerta. A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao tomar conhecimento do assunto, minimizou o perigo de contaminação em embalagens e mesmo diretamente por produtos alimentícios.
Mas o Brasil tem que tratar de elucidar o problema, uma vez que a China se transformou no principal mercado de destino das exportações brasileiras. O gigante asiático se manteve na liderança dos 20 maiores compradores de produtos agropecuários brasileiros em 2019.
Esses mercados absorveram 75,3% dos US$ 96,8 bilhões exportados pelo País em mercadorias de origem agrícola. Contudo, só a notícia da China foi o que bastou para que as Filipinas também proibissem a importação do Brasil, maior exportador global de carne de frango.
A China é mercado prioritário para o Brasil, conforme números da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Também aumenta o número de executivos brasileiros morando naquele país e abrindo lá seus negócios. Esses empresários veem a China como um desafio e não como ameaça.
Haverá grande expansão do consumo, guiada pela combinação do aumento dos salários, maiores lucros e ampliação do investimento governamental em áreas rurais chinesas. Estima-se que o número de famílias ganhando mais que US$ 5 mil por ano cresça 24%. Cerca de 5,8 milhões de famílias chinesas já possuem o estilo ocidental de consumo, com renda superior a US$ 10 mil por ano.
Os cinco maiores compradores do agro brasileiro em 2019 foram China, Estados Unidos, Países Baixos, Japão e Irã. A participação chinesa nas exportações do Brasil passou de 4,2%, em 2002, para 26,6%, em 2018.
O movimento é explicado principalmente pela expansão do volume de comércio, pois apenas entre 2002 e 2008 o crescimento dos preços superou o do volume, mesmo assim com uma diferença ao redor de 4 pontos percentuais, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período, a participação dos Estados Unidos nas exportações do Brasil caiu de 25,4% para 12%.
Quando o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus, é mais do que importante uma atenção especial aos negócios internacionais do Brasil, evitando-se sempre os problemas, por menor que sejam, ou, no caso, envolvendo a terrível pandemia. Os negócios com a China devem ser mais do que preservados. São essenciais para a nossa economia.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO