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Opinião

- Publicada em 10 de Agosto de 2020 às 03:00

O vírus do medo

Há meses convivemos com notícias diversas sobre a pandemia, como a ampliação de infectados pela Covid-19, o aumento diário no número de mortos, as preocupações dos gestores no mundo para conter o vírus, a expectativa da vacina, a rotina totalmente alterada. Aqui no RS, e na Capital dos gaúchos não poderia ser diferente: vivemos amedrontados, afinal a crise é real.
Há meses convivemos com notícias diversas sobre a pandemia, como a ampliação de infectados pela Covid-19, o aumento diário no número de mortos, as preocupações dos gestores no mundo para conter o vírus, a expectativa da vacina, a rotina totalmente alterada. Aqui no RS, e na Capital dos gaúchos não poderia ser diferente: vivemos amedrontados, afinal a crise é real.
E o vírus do medo não escolhe classe social, crença, raça... ele está em toda a parte, nas consequências de atos individuais (responsabilidade individual), e principalmente nas decisões que influenciam o cotidiano coletivo. Nesse sentido, a insegurança só aumenta: não há consenso entre as autoridades sobre os limites do isolamento, e os altos e baixos das "cores arco-íris" do mapa em todo o País, infelizmente passaram a fazer parte da nossa rotina. Diante desse cenário, impossível falar em segurança e bem-estar. Absolutamente todos os segmentos da economia foram atingidos. O cidadão de bem precisa lidar com uma nova realidade e mais: com a ansiedade, a impotência e o medo, permeado em meio às contas vencidas, ao desemprego, e no caso de empregadores, com os prejuízos de uma vida dedicada ao comércio ou na prestação de serviços, hoje dilacerada pela falência e pelos altos custos das demissões.
Os prejuízos financeiros são incontáveis, e os emocionais mais ainda. São muitas as discussões, debates e tentativas fracassadas em reduzir nessas áreas. Infelizmente, quem paga é o cidadão, que se sente desprotegido diante dessa realidade e o pior: o aumento da criminalidade em meio à pandemia, agrava ainda mais a sensação de medo e insegurança por parte da população. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do RS, o aumento em determinados tipos de crime deve-se, em determinada medida, à soltura de presos e ao confinamento social, especialmente no caso da violência contra a mulher. Os profissionais das forças da segurança pública, por sua vez, por mais que sejam treinados a lidar com situações de estresse, nesse momento são acometidos em dobro: afinal, a nossa missão de vida é proteger primeiro a vida do outro, e depois a nossa. Talvez essa perspectiva hoje já faça sentido para o cidadão de bem, pois para combater o medo, podemos e devemos pensar no outro. Afinal, estamos isolados, mas não estamos sós.
Policial Penal
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