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Opinião

- Publicada em 07 de Agosto de 2020 às 03:00

Inflação e consumo baixos levam Selic ao menor patamar

A queda era esperada pela maioria dos especialistas e pela Pesquisa Focus. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), que sinaliza os juros básicos da economia, está em históricos 2% ao ano. É o resultado da inflação baixa e de menos consumo, fatores em consequência da pandemia do coronavírus, que desde março atinge - e ainda continua - setores do comércio e serviços, mas também da indústria nacional. Esses segmentos, logo após o anúncio do Copom, avaliaram as causas citadas e consideraram positivo o corte de 0,25 ponto percentual feito pelo Copom, a nona queda seguida.
A queda era esperada pela maioria dos especialistas e pela Pesquisa Focus. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), que sinaliza os juros básicos da economia, está em históricos 2% ao ano. É o resultado da inflação baixa e de menos consumo, fatores em consequência da pandemia do coronavírus, que desde março atinge - e ainda continua - setores do comércio e serviços, mas também da indústria nacional. Esses segmentos, logo após o anúncio do Copom, avaliaram as causas citadas e consideraram positivo o corte de 0,25 ponto percentual feito pelo Copom, a nona queda seguida.
Espera-se que com a gradual baixa no número de mortos e infectados pela Covid-19, esse histórico patamar dos juros estimule o consumo e o investimento e consiga, pelo menos, minimizar os efeitos negativos da crise, para além da saúde, na qual o vírus já matou cerca de 100 mil brasileiros. Importante destacar que, no cenário externo, contribuiu para a baixa a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador. No Brasil, indicadores sugerem uma recuperação parcial, embora os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permaneçam deprimidos, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo. A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais.
Economistas lembram, no entanto, que a Selic em 2% ao ano afeta aplicações financeiras, onde está a caderneta de poupança, preferida por milhões de brasileiros, e os investimentos em renda fixa. Na poupança, a regra atual de remuneração prevê que os rendimentos estão atrelados aos juros básicos sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Desta forma, a correção anual da poupança fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo Banco Central. Com o juro em 2% ao ano, a correção da poupança será de 70% desse valor - o equivalente a 1,4% ao ano, mais a Taxa Referencial. O juro real no Brasil está, agora, ou seja, descontada a inflação, negativo, calculado a menos 0,71% ao ano. Desta forma, é fundamental manter o processo de reformas e ajustes necessários na economia a fim de permitir uma recuperação sustentável. Será o melhor para todos.
 
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