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Opinião

- Publicada em 10 de Julho de 2020 às 03:00

Quando o Gigante vai acordar?

A falta de interesse efetivo na Cultura e na Educação, únicas ferramentas capazes de conduzir ao discernimento, à análise e a escolhas conscientes, parece ser uma constante em nosso País. A constante troca de ministros na área da Educação nos últimos meses, concomitante com a falta de preparo dos escolhidos, é um dos braços visíveis do descaso. Haveria interesse? Apostar na Cultura e na Educação significaria dizer sim a um povo mais preparado, menos manipulável, mais livre, capaz do exercício de questionamentos e da crítica consistente.
A falta de interesse efetivo na Cultura e na Educação, únicas ferramentas capazes de conduzir ao discernimento, à análise e a escolhas conscientes, parece ser uma constante em nosso País. A constante troca de ministros na área da Educação nos últimos meses, concomitante com a falta de preparo dos escolhidos, é um dos braços visíveis do descaso. Haveria interesse? Apostar na Cultura e na Educação significaria dizer sim a um povo mais preparado, menos manipulável, mais livre, capaz do exercício de questionamentos e da crítica consistente.
A construção de uma democracia sólida tem ligação direta com a Educação, tão desprestigiada no momento. Somente quem tem uma formação de qualidade é capaz de desenvolver habilidades para competir no mercado de trabalho, e especialmente, exercitar um espírito crítico. Este, por demais importante, não apenas durante o período escolar, mas durante toda a vida, já que propicia que sejamos seres ativos e participativos na sociedade, com visões mais claras e próximas da realidade.
Somente no exercício deste olhar é que poderemos nos afastar do dualismo fanático e pouco sábio que predomina no Brasil, já há algum tempo - como visão do mundo baseada em dois princípios ou realidades opostas - irredutíveis entre si e incapazes de uma síntese final. Sem argumentos, apenas na base de pensamentos preconcebidos e na escuta de discursos muitas vezes falsos e inconsistentes, formamos e expressamos opiniões. As redes sociais aguçam o cenário, já que nos aproximam somente dos iguais e são capazes de multiplicar, ao infinito, notícias falsas e preconceituosas.
Vivemos na época da desconstrução, e onde está o projeto de construção de nosso País? Como consequência de um Brasil com um nível de Educação muito aquém do desejado, vemos a inércia do povo diante dos acontecimentos e a transferência de responsabilidades para alguém todo poderoso, que, no comando, seria capaz de solucionar todos os problemas. Quando surgem as eleições, apostamos, crédulos, em heróis e messias, cujos discursos salvadores quase nunca correspondem à prática, quando no exercício dos cargos.
Apenas com conhecimento, cultura e o investimento em uma educação de qualidade e inclusiva para todos os brasileiros, poderemos avançar. Acordemos, antes que o Gigante permaneça dormindo por mais algumas décadas.
Jornalista
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