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Opinião

- Publicada em 02 de Julho de 2020 às 03:00

Nós e eles

Paulo Vellinho
Refiro-me aos japoneses quando falo "eles", pois no meu convívio com o Japão, quando presidia a Panasonic do Brasil, muito aprendi e desse aprendizado nasceu a minha admiração por eles, e com razão, pois nasceram, vivem e morrem sob o signo das dificuldades, hostilizados que são pela natureza. Sempre acreditei que a adversidade se vence pela criatividade e determinação, o que explica serem eles vencedores, pois ocupam lugar de destaque no ranking de desenvolvimento mundial.
Refiro-me aos japoneses quando falo "eles", pois no meu convívio com o Japão, quando presidia a Panasonic do Brasil, muito aprendi e desse aprendizado nasceu a minha admiração por eles, e com razão, pois nasceram, vivem e morrem sob o signo das dificuldades, hostilizados que são pela natureza. Sempre acreditei que a adversidade se vence pela criatividade e determinação, o que explica serem eles vencedores, pois ocupam lugar de destaque no ranking de desenvolvimento mundial.
Ao despedir-me da missão em razão de ter atingido a idade limite, fui convidado pelo presidente para realizar a cerimônia em Osaka na matriz do conglomerado. Nesse encontro que contou com a presença do presidente, fui por ele questionado sobre como havia sido minha experiência de conviver harmonicamente com as duas culturas, a oriental e a ocidental.
Exemplificando ao final do encontro, fiz o seguinte comentário: a única questão sem resposta até hoje foi ter aprendido que o caminho entre dois pontos é a linha reta, enquanto eles o faziam em zigue-zague... e alcançavam antes o objetivo: "brasileiro planeja pouco e erra muito, .... japonês planeja muito e erra pouco".
Lembrei-me dessa lição quando o mundo se deparou com a crise da Covid-19. E a história se repetiu: os nossos governantes reagiram rapidamente ao problema sem qualquer planejamento determinaram a adoção das medidas que desde então praticamos.
Por certo as medidas tomadas foram precipitadas, sem planejamento, em uma visão míope só enxergaram o curto prazo e seus aspectos sociais não levando em consideração o outro lado do problema, não somente pelos danos apontados acima, mas também o custo social e econômico da desmobilização das cadeias produtivas a começar pelas matérias primas básicas, sua transformação em produtos para abastecer as cadeias de comércio.
Sinceramente não sei, mas imagino o preço que nós vamos pagar pelo "tsunami" que já está provocando o estiramento do tecido social, o qual se rompido poderá nos levar ao caos e suas consequências.
Empresário
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