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Opinião

- Publicada em 22 de Junho de 2020 às 17:22

Onde foram parar os leitos de Covid prometidos?

Fernando Garbarski
Fernando Garbarski
Dia 20 de junho, acordo como sempre cedo e vou ler as notícias do nosso Brasil e mundo. Acordara feliz porque avistava um horizonte mais promissor, mais normal ou novo normal. Via lojas e shoppings sendo abertos justamente nos locais de maior concentração de casos de Covid, São Paulo e Rio de Janeiro. A população estava feliz. Enfim, os prefeitos e governadores aceitaram a opinião da grande maioria. O povo quer ir para as ruas. Com toda etiqueta respiratória, máscaras, álcool gel, distanciamento e cuidados necessários ao novo normal, palavra tão usada pelas autoridades.
Mas ao começar a ver as notícias deste sábado, vejo algo estarrecedor e inacreditável: o prefeito de Porto Alegre pensa me medidas mais restritivas ainda. Algo parecido como o lock down. Só poderão ficar abertas lojas com meia dúzia de metros quadrados e com faturamento inferior a R$ 360 mil ano.
Vamos então aos fatos. O que determinou esse fechamento foi o aumento de ocupação de leitos de Covid-19 de 46 leitos para 86 leitos em nossa cidade (em duas semanas). Eu achei que não estava certo esse número e fui atrás de outra fonte e estava confirmado: paralisamos nossa cidade por 40 leitos a mais de ocupação de Covid. É algo inacreditável e sem base científica alguma. Por mais que algumas projeções mostrem um aumento de internações, teríamos que estar preparados para, após 90 dias de isolamento, termos uma estrutura de leitos suficientes para enfrentar o período de inverno.
Então, todo o discurso de tempo para preparar as estruturas hospitalares caiu por terra. Quando chegou a hora de testarmos a nossa resiliência e a nossa preparação, fechamos a cidade novamente. Palavras do prefeito: "se continuarmos nesse ritmo, os 174 leitos destinados para Covid no final de junho estarão lotados". Mas onde estão os 300 novos leitos prometidos para nossa Capital? Para onde foi a montanha de dinheiro enviado pelo governo central? Cadê os hospitais de campanha?
Prefeito Marchezan, não aceitaremos o fechamento autoritário da nossa cidade. Os empresários estão no seu limite. O povo está no seu limite. Queremos ir para o trabalho, aos restaurantes, aos shoppings e às compras. Tudo com responsabilidade. O povo do Rio Grande mostrou que sabe respeitar a etiqueta Covid. Fomos exemplo para o Brasil. Não feche a nossa cidade por causa de 40 leitos a mais ocupados. Nem mesmo por 100 leitos. A democracia tem que prevalecer!
Empresário
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