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Opinião

- Publicada em 22 de Junho de 2020 às 16:16

Gastamos fortunas para uma educação pífia

A falência do sistema educacional era um fato autoevidente. O vergonhoso desempenho brasileiro no Pisa, por si só, expunha as agudas fragilidades de uma engrenagem cansada. Então, a tragédia da Covid-19 deslocou o problema da escola para dentro de nossas casas. Com a potencialização do recurso a aulas online, os pais estão tendo a oportunidade de acompanhar pedagogias, lições e estilos completamente ultrapassados. E aí querem que nossas crianças e estudantes – acostumados com as dinâmicas atrativas do mundo digital – prestem atenção em anacrônicos métodos bizantinos.
A falência do sistema educacional era um fato autoevidente. O vergonhoso desempenho brasileiro no Pisa, por si só, expunha as agudas fragilidades de uma engrenagem cansada. Então, a tragédia da Covid-19 deslocou o problema da escola para dentro de nossas casas. Com a potencialização do recurso a aulas online, os pais estão tendo a oportunidade de acompanhar pedagogias, lições e estilos completamente ultrapassados. E aí querem que nossas crianças e estudantes – acostumados com as dinâmicas atrativas do mundo digital – prestem atenção em anacrônicos métodos bizantinos.
O mais impressionante é que gastamos fortunas tanto sistema público, como em escolas privadas, para um resultado absolutamente pífio. Um nonsense total. Aliás, com acesso internet, qualquer aluno pode conhecer e aprender, gratuitamente, em cursos de Harvard, Yale, MIT, Stanford, Oxford, Cambridge ou Insead. Logo, precisamos de redirecionar a política de ensino para premissas favoráveis às lógicas da tecnologia.
Aponta-se, aqui, três pré-requisitos estruturais básicos: (i) o acesso à internet como direito fundamental a todo cidadão; (ii) desenvolvimento de lógica matemática aliada à expressão verbal/escrita de pensamento crítico; (iii) formação de estudantes e profissionais bilíngues, com domínio efetivo, e não meramente aparente, do idioma inglês. Contextualmente, se queremos gerar oportunidades de trabalho e mobilidade social às pessoas, temos que expandir as fronteiras tecnológicas no processo de ensino, dotando nossas crianças, jovens e adultos com propriedades cognitivas responsivas e aptas a gerar autonomia em mundo de frenética e irreversível transformação econômica.
Em sua essência, a tecnologia não está aí para destruir negócios, empregos ou instituições, mas para revolucioná-los em suas práticas, estratégias e processos que, embora eficazes no passado, não mais atendem as ágeis, complexas e interconectadas demandas da sociedade contemporânea. No amanhecer do futuro, a economia exponencial fará as nações triunfarem e fracassarem na velocidade da luz. Hora, portanto, do Brasil se libertar das políticas educacionais do atraso para a consequente ampliação dos canais de prosperidade àqueles que trabalham com seriedade, dedicação e competência.
Advogado
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