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Opinião

- Publicada em 18 de Junho de 2020 às 16:16

Genocídio

As pregas de minha garganta, me dão voz para gritar, em favor dos negros até ficar rouco. O bom é que nunca fico afônico. A morte da menina Àgatha Vitória Félix de 8 anos no RJ diz que o saudoso senador Abdias do Nascimento estava coberto de razão ao contido no título deste artigo. Lembro - Clarice Lispector ao se escandalizar com a morte do Mineirinho com 13 tiros nos anos 60. Imagino o que ela escreveria sobre a morte de Àgatha. Recordo dela assim: É a lei. Mas há alguma coisa que, se faz ouvir o primeiro e segundo tiro com alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, ao quinto e sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e oitavo eu ouço o meu coração batendo horror, no nono e décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro me assassina porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro. Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso, durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Mineirinho era um fora da lei, mas nem por isto mereceu a covarde execução. Àgatha uma inocente menina que esperava alcançar Vitória, Evaldo era cidadão brasileiro. Trabalhador. Músico. Que ouviu o rufar de tarol no ritmo de balas de fuzil. Quantos negros mais, como Amarildo e Marielles, e irmãos negros em quaisquer partes do mundo sofrerão a Lei do Abate impunemente? Atual Pandemia, mata negros que habitam periferias. Ausência de políticas públicas para saneamento básico no País, parece ser proposital, para eliminá-los. Racismo estrutural e falta de visibilidade , presente que são maioria, mas não estão representados proporcionalmente em todos os escalões, falam por si. Como disse Martin Luther King: Preocupa-me é o silêncio dos bons.
As pregas de minha garganta, me dão voz para gritar, em favor dos negros até ficar rouco. O bom é que nunca fico afônico. A morte da menina Àgatha Vitória Félix de 8 anos no RJ diz que o saudoso senador Abdias do Nascimento estava coberto de razão ao contido no título deste artigo. Lembro - Clarice Lispector ao se escandalizar com a morte do Mineirinho com 13 tiros nos anos 60. Imagino o que ela escreveria sobre a morte de Àgatha. Recordo dela assim: É a lei. Mas há alguma coisa que, se faz ouvir o primeiro e segundo tiro com alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, ao quinto e sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e oitavo eu ouço o meu coração batendo horror, no nono e décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro me assassina porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro. Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso, durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Mineirinho era um fora da lei, mas nem por isto mereceu a covarde execução. Àgatha uma inocente menina que esperava alcançar Vitória, Evaldo era cidadão brasileiro. Trabalhador. Músico. Que ouviu o rufar de tarol no ritmo de balas de fuzil. Quantos negros mais, como Amarildo e Marielles, e irmãos negros em quaisquer partes do mundo sofrerão a Lei do Abate impunemente? Atual Pandemia, mata negros que habitam periferias. Ausência de políticas públicas para saneamento básico no País, parece ser proposital, para eliminá-los. Racismo estrutural e falta de visibilidade , presente que são maioria, mas não estão representados proporcionalmente em todos os escalões, falam por si. Como disse Martin Luther King: Preocupa-me é o silêncio dos bons.
Escritor
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