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Opinião

- Publicada em 09 de Junho de 2020 às 03:00

Transparência é fundamental no combate à pandemia

A polêmica sobre a divulgação do número de mortes em razão da Covid-19 no Brasil, a partir de uma mudança na prática pelo Ministério da Saúde, desencadeou uma série de protestos. Tanto que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde lançou site para divulgar dados sobre o coronavírus no Brasil.
A polêmica sobre a divulgação do número de mortes em razão da Covid-19 no Brasil, a partir de uma mudança na prática pelo Ministério da Saúde, desencadeou uma série de protestos. Tanto que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde lançou site para divulgar dados sobre o coronavírus no Brasil.
A medida do órgão, que reúne os gestores dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, ocorreu após o Ministério da Saúde mudar a forma de divulgação dos números sobre a pandemia no País. A pasta passou a omitir o número total de casos e mortes causadas pela doença, informando apenas os dados das últimas 24 horas.
E, ao contrário do que foi dito sobre as mortes, especialistas afirmam que há subnotificações. Dessa forma, o número dos portadores da Síndrome Respiratória Aguda Grave seria bem maior do que é noticiado. Felizmente, o antigo modelo foi restabelecido pelo ministério.
O Brasil tem direito de saber o número de mortes todos os dias e o total desde fevereiro, quando começou a pandemia. Por meio deles, são feitas projeções e tomadas medidas em consonância com as estruturas hospitalares existentes ou para serem acionadas, no caso dos hospitais de campanha ou em novas instalações nos nosocômios já existentes.
Desistindo de assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o empresário Carlos Wizard tomou a melhor das atitudes que poderia após desastradas declarações sobre a contagem de vítimas da Covid-19. Para ele, os dados seriam fantasiosos ou manipulados. Foi mais uma atitude impensada.
O presidente Jair Bolsonaro mostra contrariedade com a divulgação dos dados e o seu impacto. E a opinião dele poderia ser mantida por contrariedade ao isolamento social como prevenção à pandemia.
Jamais, entretanto, poderia interferir em dados fundamentais sobre a doença e, menos ainda, de deixar de seguir as orientações básicas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do seu Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais da Saúde.
Por essas estruturas, o isolamento social, o uso de máscaras e outras providências ajudam a evitar tanta contaminação. E isso está provado, já que, em capitais que - de maneira, hoje, considerada precipitada - liberaram a volta das atividades, houve aumento dos casos fatais e de contaminação, pois o vírus circulou mais. E, no caso brasileiro, ainda continua matando.
Combater o vírus mortal deve ser ainda a preocupação geral.
 
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