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Opinião

- Publicada em 04 de Junho de 2020 às 03:00

Salvem a Lagoa dos Barros

A Lagoa dos Barros é conhecida pela maioria dos gaúchos. Paisagem deslumbrante e obrigatória a todos que rumam às praias, pela freeway. A Lagoa, que pertence aos municípios de Santo Antônio da Patrulha e Osório, há mais de 10 anos se tornou o foco de uma grande polêmica entre as duas cidades. O motivo, a construção sem Estudo de Impacto e Relatório Ambiental (EIA-Rima) de uma Estação de Tratamento de Esgoto pelo município osoriense com lançamento de efluentes previsto para a Lagoa dos Barros.
A Lagoa dos Barros é conhecida pela maioria dos gaúchos. Paisagem deslumbrante e obrigatória a todos que rumam às praias, pela freeway. A Lagoa, que pertence aos municípios de Santo Antônio da Patrulha e Osório, há mais de 10 anos se tornou o foco de uma grande polêmica entre as duas cidades. O motivo, a construção sem Estudo de Impacto e Relatório Ambiental (EIA-Rima) de uma Estação de Tratamento de Esgoto pelo município osoriense com lançamento de efluentes previsto para a Lagoa dos Barros.
Descobri a obra em 2009, por acaso, no caminho de uma pescaria. Eu era prefeito na época e não fui informado, ou consultado. Então, muitas dúvidas surgiram. Por que Osório escolheu a Lagoa dos Barros, quando têm outras 30? Como os órgãos competentes aprovaram um projeto deste porte sem avaliar o impacto que ele pode causar ao meio ambiente? Por que Osório escondeu sua intenção de Santo Antônio?
Tomamos todas as medidas cabíveis no Ministério Público, Poder Judiciário e junto aos órgãos competentes, Corsan e Fepam, para reverter um projeto que, aos nossos olhos, continha muitas irregularidades. Mas, em dezembro de 2018, Osório iniciou o lançamento de seus efluentes na Lagoa, e, pouco mais de um ano, a tragédia anunciada deu seus primeiros sinais. A cor esverdeada, o mau cheiro, a morte de peixes e caramujos escancaram o pedido de socorro deste manancial que integra a biosfera da Mata Atlântica, patrimônio da humanidade. Moradores antigos do balneário declararam nunca ter visto algo parecido em 50 anos. O município já havia denunciado que os níveis de fósforo estavam muito acima do permitido na sentença, 300% a mais. A natureza reagiu e mostrou o que, há anos, queremos provar, com base em estudos técnicos contratados por Furg, Ufrgs e URJ.
No entanto, logo após esse episódio, a Fepam renovou a licença de operação da ETE por tempo indeterminado. Essa desconsideração com o meio ambiente nos intriga! Não desistimos, e, hoje, comemoramos o despacho emitido pela 2ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha para a suspensão do funcionamento da ETE de Osório por 90 dias, podendo ser prorrogado, com aplicação de multa diária em caso de descumprimento.
É um alívio temporário, que deve ser perseguido pelo maior número de pessoas. Não somos contra o esgotamento sanitário de Osório, somos a favor da Lagoa dos Barros. Nossa luta irá persistir em todas as instâncias possíveis.
Prefeito de Santo Antônio da Patrulha (MDB) 
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