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Opinião

- Publicada em 02 de Junho de 2020 às 03:00

Home office para todos!

Jocelin Azambuja
O Brasil entrou por um caminho perigoso, com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de que, a partir de 1º de junho, fica determinado que os servidores do STF deverão trabalhar em home office até 30 de janeiro de 2021, nem estou falando das decisões absurdas e ao arrepio da lei de ministros que quererem apreender o celular do presidente da República ou de mandar invadir propriedades privadas e apreender aparelhos de comunicação de pessoas por alegação de terem feito fake news contra o STF, sem ouvir a PGR ou de divulgar uma reunião privada do presidente Bolsonaro com seu ministério, que era de segurança nacional e nada tinha a ver o todo, com um processo que lá tramita, a não ser uma pequena parte. Enfim, não vou abordar todos esses absurdos jurídicos, mas vou me ater só ao home office dos servidores do STF.
O Brasil entrou por um caminho perigoso, com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de que, a partir de 1º de junho, fica determinado que os servidores do STF deverão trabalhar em home office até 30 de janeiro de 2021, nem estou falando das decisões absurdas e ao arrepio da lei de ministros que quererem apreender o celular do presidente da República ou de mandar invadir propriedades privadas e apreender aparelhos de comunicação de pessoas por alegação de terem feito fake news contra o STF, sem ouvir a PGR ou de divulgar uma reunião privada do presidente Bolsonaro com seu ministério, que era de segurança nacional e nada tinha a ver o todo, com um processo que lá tramita, a não ser uma pequena parte. Enfim, não vou abordar todos esses absurdos jurídicos, mas vou me ater só ao home office dos servidores do STF.
Quando vi, à época, a publicação do despacho de Toffoli, sob a alegação de que tinha que preservar os servidores de pegarem o coronavírus e deveriam trabalhar em casa até 30 de janeiro de 2021, fiquei pasmo, incrédulo, pensando em que base científica o presidente Toffoli se fundou para estabelecer que o corona vai estar em plena fase de contágio até janeiro de 2021, como um Pokémon que atacará seus funcionários "especiais", não permitindo que estes compareçam na sede do STF para trabalhar e suas vidas voltarem ao normal.
Com essa decisão, outras categorias profissionais poderão requerer o mesmo direito, como, por exemplo, os garis, os policiais, os profissionais da saúde, dos supermercados, das indústrias e tantas outras categorias. Se cruzarem os braços, quem fará o trabalho deles? Como ficará o Brasil? Parece que isso não importa, o que importa é que esses servidores não peguem o vírus. Mas e o Brasil como ficará? Parece que, por essa lógica, o Brasil que se dane, o importante é que eles não peguem o vírus. Parece que é isso que pensa o STF, o povo que pegue o vírus, mas eles não, pois são uma classe especial.
Qual a solução para essa realidade, não podemos dizer, pois dirão que somos antidemocratas, que não respeitamos os Poderes, e terminariam por nos processar, apreendendo, prendendo, tirando tudo que, com trabalho sério, ético e honesto, conquistamos, porque somos apenas mais um do povo e não de um poder especial que se coloca acima do povo.
Digam-me qual a solução com o STF hoje? Vamos acompanhá-los e ir todos para casa em home office?
Advogado, ex-conselheiro da OAB-RS
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