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Opinião

- Publicada em 25 de Maio de 2020 às 03:00

Coronavírus não é desculpa

Há mais de 30 anos que se assiste a uma permanente enrolação e postergação pela administração pública estadual na implementação das mudanças para melhorar a logística de transportes, sabidamente uma das mais caras do País. Entra e sai governo e cada um promove eventos, viagens ao exterior, estudos, contrata consultoria, cujos trabalhos acabam engavetados nas empoeiradas gavetas públicas, sem nenhum aproveitamento.
Há mais de 30 anos que se assiste a uma permanente enrolação e postergação pela administração pública estadual na implementação das mudanças para melhorar a logística de transportes, sabidamente uma das mais caras do País. Entra e sai governo e cada um promove eventos, viagens ao exterior, estudos, contrata consultoria, cujos trabalhos acabam engavetados nas empoeiradas gavetas públicas, sem nenhum aproveitamento.
Além desse câmbio do poder, há também a descontinuidade da administração pública que muda as políticas e prioridades a cada quatriênio. Não há nenhuma continuidade. Parecem desconhecer as nossas potencialidades, especialmente dos recursos naturais como os rios e lagos que, se bem aproveitados, melhorariam a logística de transporte, atraindo empreendimentos e aumentando a competitividade dos produtos gaúchos.
Diga-se, a bem da verdade, que essa embromação de fazer o tempo passar sem mudar nada, ocorre também por causa de uma certa omissão de todos nós. A iniciativa privada deveria ser mais propositiva nas políticas públicas, ajudar mais o governo e fiscalizar seus atos, priorizando os verdadeiros interesses do Estado, numa espécie de autogoverno.
Chega de discursos, de postergações, dos excessos de centralização do poder decisório, de burocracia, de controles, de perda de competitividade para outros estados e, pior, de empresas e empregos. O presente e o futuro do Rio Grande do Sul dependem de ações pragmáticas, de criar um ambiente favorável aos investimentos, especialmente na área de transportes, que é o motor das demais atividades econômicas.
O atual governo já está iniciando o segundo ano de seu mandato. Os gaúchos esperam muito dele, bem como dos políticos e dos empresários. E nem mesmo a atual pandemia da Covid-19, que veio agravar mais ainda a crise em que afunda o Estado, deverá se prestar para deter ou postergar as ações indispensáveis para recuperar a economia.
Como não existem recursos públicos para esses investimentos, só há o caminho da concessão, com ou sem parceria, para atrair capital privado para desenvolver rodovias, hidrovias e portos.
Presidente da Associação Hidrovias RS
 
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