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Opinião

- Publicada em 11 de Maio de 2020 às 03:00

As desigualdades e o desafio do Brasil pós-coronavírus

Metade dos brasileiros sobrevive com apenas R$ 438,00 mensais, ou seja, quase 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15,00 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Metade dos brasileiros sobrevive com apenas R$ 438,00 mensais, ou seja, quase 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15,00 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os 10% mais pobres, ou 20,95 milhões de pessoas, sobreviviam com apenas R$ 112,00 por mês, ou R$ 3,73 por dia. Por outro lado, no extrato mais rico, apenas 1% dos brasileiros mais abastados vivia com
R$ 17.373,00 mensais, o que significou um aumento de renda de 2,7% para essa população que somava pouco mais de 2 milhões de pessoas.
Apesar da disparidade de renda e concentração de riqueza, houve ligeira redução na desigualdade no País.
O rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.406,00 na média do País, descendo abaixo do salário-mínimo no Norte, de R$ 872,00, e Nordeste, de R$ 884,00, mas alcançando o dobro desse valor no Sudeste, com R$ 1.720,00.
A massa de renda domiciliar obtida de todas as fontes totalizou R$ 294,396 bilhões em 2019, também distribuída de forma desigual. A parcela dos 10% dos brasileiros com os menores rendimentos detinha 0,8% dessa riqueza, enquanto os 10% mais ricos concentravam 42,9% dela.
Com a pandemia do coronavírus ceifando vidas diariamente, e cada vez mais entre os menos favorecidos, a Covid-19 poderá nos deixar mais um ensinamento, o de que o Brasil tem que atacar a desigualdade social que impera entre nós há muitas décadas.
A pandemia ainda não atacou, frontalmente, nas comunidades mais pobres do Rio de Janeiro, o que muitos alertam que poderá ocasionar uma mortandade alta, pelo ajuntamento natural de moradias e da população nela residente.
É mesmo uma possibilidade assustadora nestes locais onde a qualidade de vida deixa muito a desejar. Quesitos como água encanada, esgotos cloacais e serviço de saúde e educação, quando existem, são falhos ou não conseguem atender satisfatoriamente a toda a população.
Por isso é fundamental que o que se observa nos dias atuais para o combate à pandemia seja um trabalho para, após, ser aplicado na melhoria das condições de saúde, educação, moradia e emprego para os milhares que estão nas comunidades dos morros cariocas, principalmente.
Pelo menos, dessa maneira, o desastre da pandemia terá servido para um planejamento futuro permanente a fim de que tantas pessoas possam ter uma melhoria em seu nível de vida, hoje bastante crítico. Será algo bom para todos.
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