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Opinião

- Publicada em 06 de Maio de 2020 às 03:00

Prepare-se para a retomada. Quando?

Li, outro dia, em post de um amigo nas redes sociais, a frase "Contando os dias, sem saber quantos faltam". Desconheço o autor, mas certamente traduz um sentimento comum entre nós. O coronavírus chegou e, na melhor das hipóteses, está mudando a rotina das pessoas. A empresa Piccadilly está encerrando suas atividades em Santo Antônio da Patrulha. São 400 pessoas que serão demitidas, e não é a primeira leva de desempregados no município. Mas ver o emprego ir embora, passar por dificuldades e depender de assistência social são consequências desastrosas da pandemia. Porém a dor maior que presenciamos nesses dias são os funerais em valas comuns, sem que o ser humano possa se despedir do seu ente querido. Num tempo em que as mães brigam para tirar seus filhos do computador, casais deixam de conversar para atualizar o feed, em que estamos tão dedicados ao mundo virtual por vontade própria, nos vimos forçados a, cada vez mais, depender da tecnologia.
Li, outro dia, em post de um amigo nas redes sociais, a frase "Contando os dias, sem saber quantos faltam". Desconheço o autor, mas certamente traduz um sentimento comum entre nós. O coronavírus chegou e, na melhor das hipóteses, está mudando a rotina das pessoas. A empresa Piccadilly está encerrando suas atividades em Santo Antônio da Patrulha. São 400 pessoas que serão demitidas, e não é a primeira leva de desempregados no município. Mas ver o emprego ir embora, passar por dificuldades e depender de assistência social são consequências desastrosas da pandemia. Porém a dor maior que presenciamos nesses dias são os funerais em valas comuns, sem que o ser humano possa se despedir do seu ente querido. Num tempo em que as mães brigam para tirar seus filhos do computador, casais deixam de conversar para atualizar o feed, em que estamos tão dedicados ao mundo virtual por vontade própria, nos vimos forçados a, cada vez mais, depender da tecnologia.
As relações de trabalho e de ensino foram adequadas imediatamente para funcionar a distância. A mudança rápida e de difícil absorção nos mergulha no tédio e numa vontade incontrolável de ir para as ruas, ver gente, esquecer o celular. Mas não podemos, a regra é ficar em casa. O ócio, embora digam que é a "oficina do diabo", tem despertado um sentimento bom em muitas pessoas. Sem dúvida, as ações de voluntariado amenizam o sofrimento de muitas famílias, tornam esses tempos mais leves e nos deixam bons ensinamentos. E quando tudo isso passar? Qual será o legado? Exemplos de solidariedade, mudanças de comportamento, humanidade...
A palavra para os trabalhadores que estão impedidos de exercer suas funções e mesmo para aqueles que estão na ativa é reinventar. As práticas comerciais mudaram, setores como o de hotelaria, eventos e viagens estão suspensos. E como será esta retomada para aqueles que terão esta oportunidade? Sem querer ser pessimista, mas sabemos que, em todas as áreas, incontável será o número de negócios e projetos que não sobreviverão. Muitos encontrarão a saída, e, alguns, já estão encontrando. Os artistas, uma das classes mais atingidas, impedidos de trabalhar neste momento, estão aproveitando as lives para chegar ao seu público. Vale pedir música e o couvert artístico pode ser depositado em uma conta bancária. Qualquer valor é bem-vindo. E é isso que precisamos fazer agora, estudar novas possibilidades de voltar à rotina depois da quarentena. É tempo de se preparar para a retomada em um mundo que estará diferente pós-Covid-19.
Prefeito de Santo Antônio da Patrulha (MDB)
 
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