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Opinião

- Publicada em 05 de Maio de 2020 às 03:00

Servir sem servir-se

Paulo Vellinho
Estas três palavras deveriam se constituir na cláusula pétrea de uma verdadeira democracia. Tomando como referência países que praticam essa premissa indispensável, vamos constatar que os que possuem uma sólida democracia são capazes de enfrentar com galhardia as vicissitudes a que estão sujeitas aquelas nações que se confrontam com as eventuais crises socioeconômicas.
Estas três palavras deveriam se constituir na cláusula pétrea de uma verdadeira democracia. Tomando como referência países que praticam essa premissa indispensável, vamos constatar que os que possuem uma sólida democracia são capazes de enfrentar com galhardia as vicissitudes a que estão sujeitas aquelas nações que se confrontam com as eventuais crises socioeconômicas.
Para que haja a plena compensação entre direitos e deveres requeridos por essas democracias, exige-se, por óbvio, não só uma ilibada ficha limpa, mas também - e principalmente - qualificação profissional.
A França, por exemplo, atende a esses requisitos e, para tal, possui a Escola Nacional de Administração (ENA), cuja função é garimpar estudantes mais destacados nas instituições de ensino de Administração do País, sob dois critérios: aqueles com perfil de líderes com personalidade marcada pela habilidade de comandar; e outro grupo composto por cidadãos com perfil mais discreto, voltados para gestão. Os egressos da ENA, ao assumirem funções públicas, comprometem-se a renunciar a qualquer outra atividade que não seja dedicação exclusiva à causa pública, sob o lema "servir sem servir-se".
No Brasil, não se pratica nenhuma exigência de cumprimento dos deveres do homem público. O que explica a vergonha estampada nas atitudes dos nossos gestores.
No Japão, o primeiro dever do cidadão é com a Pátria; enquanto, no Brasil, a atitude é sempre singular, primeiro eu e, por último, a Pátria.
Uma radiografia da economia e da sociedade brasileira, antes da pandemia, já nos mostrava o resultado dramático da gestão criminosa e desastrada nos Três Poderes da República, pois a falência da Nação, de quase todos os estados e municípios era um retrato da irresponsabilidade sequencial daqueles que nos governaram (se é que se pode chamar assim aqueles que nos lideraram nas últimas décadas), deixando como herança um País sem poupança.
E, o que é pior, com uma sociedade comprometida, no curto e médio prazos, em seus valores fundamentais, saúde, educação e saneamento, sem os quais o desenvolvimento e a busca da redução dos desníveis socioeconômicos requererão gerações para serem atingidos.
Empresário
 
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