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Opinião

- Publicada em 27 de Abril de 2020 às 21:27

Um porto não tão alegre

Ao contrário de muitos estados litorâneos, onde a costa recortada permite excelente aproveitamento de enseadas e baías para implantação de portos, o Rio Grande do Sul possui, em Rio Grande e Porto Alegre, portos mais do que estratégicos, são complementares, e o Estado necessita dedicar todas suas atenções para que sejam eficientes como forma de não comprometer e impedir o próprio desenvolvimento estadual. Nossa hidrovia se estende por mais de 700 quilômetros no Rio Grande do Sul, valorizando as margens das cidades em toda extensão, margens estas que deveriam ser muito melhor exploradas, alimentando com muitas cargas nosso único porto de águas profundas, o porto do Rio Grande.
Ao contrário de muitos estados litorâneos, onde a costa recortada permite excelente aproveitamento de enseadas e baías para implantação de portos, o Rio Grande do Sul possui, em Rio Grande e Porto Alegre, portos mais do que estratégicos, são complementares, e o Estado necessita dedicar todas suas atenções para que sejam eficientes como forma de não comprometer e impedir o próprio desenvolvimento estadual. Nossa hidrovia se estende por mais de 700 quilômetros no Rio Grande do Sul, valorizando as margens das cidades em toda extensão, margens estas que deveriam ser muito melhor exploradas, alimentando com muitas cargas nosso único porto de águas profundas, o porto do Rio Grande.
O trecho compreendido entre o porto do Rio Grande e o de Porto Alegre, no interior da Lagoa dos Patos, permite a navegação de navios transoceânicos com calado de até 5,18 metros (17'00''), esses mesmos têm acesso também ao Polo Petroquímico, em Triunfo, e ao Tergasul - Terminal de Gás na cidade de Canoas, somando uma extensão de aproximadamente 315 quilômetros. Não é o calado ideal para um porto de navios transoceânicos, mas é o mínimo tolerável que justifique a vinda de navios para um porto.
O ciclone extratropical iniciado no dia 2 de abril fez com que níveis da parte Sul dos canais da Lagoa dos Patos ficassem abaixo do zero no "datum" (nível) de referência. Fato este que ocasionou problemas de navegação, que juntamente com a falta de dragagem por ineficiência do gestor e comprometimento na manutenção dos canais de acesso, teve como consequência a redução do calado de referência de 5,20 metros para 4,70 metros pela Autoridade Portuária. O tempo perdido (burocracia) nas ações para solucionar o problema de dois caroços pequenos no Canal da Feitoria, não mais que 100 metros, é o grande erro que deixará o porto sem carga no mínimo por dois meses. Existe a necessidade urgente para se resolver o problema em no máximo 15 dias, pois uma semana após o evento alguns armadores estão se recusando a trazer navios para o porto de Porto Alegre pela insegurança na hidrovia. Indústrias já começam a adiar a importação pelo porto de Porto Alegre, e depois de 10 de maio, não existe previsão de escala de navios na Capital.
Uma pronta resposta do governo do Estado é de extrema importância para não haver perdas seríssimas, em um primeiro momento, junto à comunidade portuária e aos afretadores que utilizam o porto da Capital, e posteriormente toda a cadeia ligada ao porto de Porto de Alegre. A comunidade portuária  sente com aflição o problema e espera que a SUPRG/governo do Estado tenham agilidade na resolução. 
Capitão, prático da Lagoa dos Patos/RS
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