Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 27 de Abril de 2020 às 18:02

Do isolamento ao distanciamento social

Até pouco tempo atrás não conhecíamos termos como isolamento ou distanciamento social. O isolamento social é a separação dos indivíduos, do restante da sociedade. Na prática, é ficar em casa! O mesmo pode ser voluntário, onde a própria pessoa respeita o princípio e se isola. Ou, pode ser obrigatório, onde o governo determina uma regra ou até mesmo implanta um toque de recolher e pune quem desrespeita o isolamento.
Até pouco tempo atrás não conhecíamos termos como isolamento ou distanciamento social. O isolamento social é a separação dos indivíduos, do restante da sociedade. Na prática, é ficar em casa! O mesmo pode ser voluntário, onde a própria pessoa respeita o princípio e se isola. Ou, pode ser obrigatório, onde o governo determina uma regra ou até mesmo implanta um toque de recolher e pune quem desrespeita o isolamento.
O distanciamento social é se manter afastado de outra pessoa, com uma distância mínima de dois metros se estiver sem máscara ou de um metro, se estiver com máscara. Na prática, temos visto comércios e supermercados utilizando uma marcação no piso, sinalizando o espaço adequado para o distanciamento social.
O relatório da Epidemiologia da Covid-19, fruto da primeira onda do Estudo Populacional Covid-19, coordenado pela UFPel e executado pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião indica que a maioria dos gaúchos se mantinham em isolamento social, até a primeira quinzena de abril. E 58,3% relataram sair apenas para atividades essenciais (ir ao supermercado, farmácia ou médico); 21,1% relataram que ficam em casa todo o tempo; - 20,6% seguem saindo de casa diariamente.
Tanto o isolamento social quanto o distanciamento não são tarefas fáceis, pois são contrários aos hábitos, às práticas que estávamos acostumados a executar em um cotidiano onde passávamos pouco tempo em casa e estávamos sempre próximos às outras pessoas. A implantação desses dois conceitos está motivando uma revisão de valores e até uma releitura das necessidades de cada família.
Quanto ao isolamento social, um dos dilemas que começou a aflorar e motivar uma revisão de conceitos da classe média está associado a área privativa, ao tamanho dos imóveis. A sociedade brasileira vinha em uma tendência de diminuição dos espaços das casas, em especial, dos apartamentos. A ideia era compartilhar espaços coletivos, como espaço gourmet, salão de festa, sala de cinema, academia, brinquedoteca, espaço pet, etc. De repente, o isolamento social mostrou que o tamanho do apartamento ou a casa é vital e que as famílias precisam de mais espaço interno.
Na população de baixa renda, o dilema é natural ao contingenciamento de uma família numerosa, em um pequeno espaço físico, muita gente em uma pequena casa. Não há como se isolar em uma casa que tem seis pessoas e apenas um quarto. E o cenário é mais complexo, quando se analisa as condições de higiene desse tipo de família, desde a dificuldades de acesso a materiais de higiene ou até mesmo a água potável.
Quando o tema é o distanciamento social, a inquietação da população começa pelo compartilhamento de um espaço limitado, como o do transporte público, como ônibus e metrô. Como manter distanciamento social, do lado de uma pessoa desconhecida e sem máscara?
O distanciamento social também tem sido um problema nas filas de lotéricas, lojas ou supermercados. A fila inicial, de entrada, começa com um certo distanciamento, mas não é sempre que o distanciamento é respeitado dentro do comércio, como nas filas dos caixas. Sem contar no jeitinho brasileiro, de quem tenta furar a fila, tentando ocupar os espaços vazios, entre uma pessoa e outra.
De um lado, a pandemia nos obriga a rever conceitos, a ter novas práticas e a olhar com preocupação para essa nova realidade. De outro lado, nos ensina a valorizar o que tínhamos: desde um simples abraço até o direito de ir ao supermercado sem medo.
Analista de Negócios e Projeto
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO