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Opinião

- Publicada em 24 de Abril de 2020 às 03:00

O difícil retorno à normalidade econômica

Há uma desaceleração na movimentação de mercadorias e pessoas no planeta, a fim de minimizar os efeitos do coronavírus. Novamente volta ao debate a dicotomia entre manter a quarentena e aderir a uma volta planejada das atividades econômicas.
Há uma desaceleração na movimentação de mercadorias e pessoas no planeta, a fim de minimizar os efeitos do coronavírus. Novamente volta ao debate a dicotomia entre manter a quarentena e aderir a uma volta planejada das atividades econômicas.
Mas, se há um modelo que vem justamente do país onde a pandemia do coronavírus começou, as perceptivas não são muito boas para a economia.
Após a queda de 6,8% no PIB no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2019, a China deve demorar para se recuperar - assim como ocorrerá com a maioria das economias após a pandemia da Covid-19, segundo consultorias internacionais.
Passadas mais de seis semanas quando começou a reabrir a economia, a China tem apenas 40% dos pequenos negócios operando. Voltar a 100% pode levar meses.
No caso do Brasil, nos municípios maiores onde as atividades foram retomadas, restringindo-se a quarentena aos grupos de maior risco, é preciso esperar até meados de maio a fim de que os dados estatísticos sejam consolidados.
A preocupação continua dupla, com a saúde da população, o bem maior a ser preservado, mas também com o debacle econômico que, ao contrário do que alguns esquecem, está prejudicando, diretamente, as camadas mais vulneráveis da população em termos financeiros e de proteção própria, começando pela alimentação.
Os indicadores do governo do Rio Grande do Sul alertam para uma grande e inevitável queda na arrecadação, da mesma forma que em muitos municípios. Alguns da Região Metropolitana de Porto Alegre já reclamaram a volta das atividades.
Ao mesmo tempo que se dá bom percentual de razão na demanda, não se pode esquecer da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela manutenção da quarentena como a medida mais eficaz para evitar a proliferação do coronavírus, da mesma forma que indica uma reabertura econômica gradual e com muitas medidas de cautela.
Cabe às autoridades governamentais e às lideranças da saúde pesarem bem como isso se dará. Ou, então, terão que arcar com as consequências das medidas, que jamais poderão ser açodadas, mantendo sempre a saúde em primeiro lugar.
Muito equilíbrio, pois, é a receita a ser aplicada por todos os que têm um duplo compromisso, com a saúde e a economia.
 
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