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Opinião

- Publicada em 23 de Abril de 2020 às 03:00

Mares nunca antes navegados

Outro dia, vi um texto em espanhol de autor desconhecido. Destaco este trecho que me chamou atenção e transcrevo aqui, traduzido:
Outro dia, vi um texto em espanhol de autor desconhecido. Destaco este trecho que me chamou atenção e transcrevo aqui, traduzido:
"Não estamos no mesmo barco. Estamos, sim, na mesma tempestade, mas não no mesmo barco. Meu barco pode naufragar e o teu não. E vice-versa. Para alguns, a quarentena está ótima: momento de reflexão, reconexão, home office com um bom vinho ou chá. Para outros, é uma crise desesperante. Como vou pagar minhas contas? Uns estão preocupados em escolher qual o restaurante vai pedir delivery para o jantar, outros preocupados que não tem pão para comer no dia seguinte. Uns precisam voltar a trabalhar porque não tem mais dinheiro, outros querem matar aqueles que rompem a quarentena. Estamos passando por um momento em que as nossas percepções de necessidade são completamente diferentes. E cada um sairá da tempestade à sua maneira".
Retrata exatamente a situação que vivemos como sociedade. Especialmente por estarmos em um país com tantas desigualdades sociais e com dimensões continentais.
Numa verdadeira guerra de opiniões e versões de toda ordem, bombardeados pela mídia e pelo volume de informação que chega pelas redes sociais. Qual o nível ideal de isolamento? Quais serão os impactos da pandemia na economia? Deve-se ou não usar medicamento tal? Como distribuir recursos para os mais vulneráveis? Por que existe uma morosidade na aquisição de testes? Enfim, tudo é novo e ninguém parece saber exatamente como agir neste momento.
A situação é muito complexa, e, por isso, não esperem qualquer tipo de direcionamento ou palpite meu. Não sou economista, estatístico, epidemiologista ou infectologista. As lideranças deste País devem unir-se e não competir, tendo altivez e fazendo o papel para o qual foram eleitos.
A saúde deve ser a prioridade não só da população em geral, mas também dos heroicos profissionais que estão na linha de frente. Porém se faz necessário também preservar a saúde da economia. O chefe do Executivo, seja presidente, governador ou prefeito, deve pautar suas decisões por critérios exclusivamente técnicos e científicos, não políticos ou eleitoreiros. Somente dessa forma nosso barco atravessará este mar tormentoso e nunca antes navegado, chegando em porto seguro com o menor números de vítimas e de desempregados.
Empresário
 
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