Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 03:00

Crise do coronavírus, respeito aos Poderes e à Constituição

Em meio à crise causada pela pandemia do coronavírus, todos os esforços deveriam ser destinados a combater e prevenir a doença, bem como atuar para minimizar os efeitos negativos na economia do Brasil.
Em meio à crise causada pela pandemia do coronavírus, todos os esforços deveriam ser destinados a combater e prevenir a doença, bem como atuar para minimizar os efeitos negativos na economia do Brasil.
Entretanto, no cenário de luta contra a Covid-19, verificam-se atos que atentam contra a Constituição, a democracia e os Poderes da República, notadamente, nas manifestações que pregam o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, bem como a defesa de uma intervenção militar para governar o País.
Mesmo neste momento em que o foco deveria ser outro - repete-se, combater o coronavírus e minimizar os efeitos negativos na economia -, é preciso lembrar a importância de respeitar a Constituição, a democracia e os Poderes da República, que devem ser independentes.
É possível, sim, criticar os representantes que estão no Legislativo, entretanto, cabe lembrar que os parlamentares foram eleitos pelos votos dos brasileiros. O mesmo vale para o Executivo, que tem à frente o presidente Jair Bolsonaro, eleito democraticamente.
Entretanto, a participação do presidente Bolsonaro em um ato que defendia a intervenção militar e o fechamento do Congresso Nacional é reprovável e, não por acaso, levantou críticas de lideranças políticas do Rio Grande do Sul, governadores de quase todos os estados, do Congresso e de ministros do STF.
O momento é de união, cautela e muita responsabilidade. As dificuldades financeiras de estados e municípios já eram claras e se acirraram agora.
É preciso socorro da União, mas o auxílio federal deve ter limites, ou os pagaremos, mais adiante, levarão a uma desorganização do Tesouro Nacional. O Ministério da Economia alerta para um brutal déficit em torno de R$ 500 bilhões ainda em 2020.
É uma questão decisiva e importante para o debate nacional. Também por isso, é preciso respeitar as instituições e manter o foco no que interessa. Não se quer, como muitos afirmam, fazer uma opção entre a saúde e a economia, mas estabelecer um mínimo de limite nos dispêndios federais.
E não se esqueçam, governadores e prefeitos, que a União está alcançando, para dezenas de milhões de brasileiros, a ajuda emergencial. Repassou verbas específicas para as áreas da saúde, além de promover um orçamento de guerra em que há alívio para os compromissos dos entes federados com a esfera federal.
O que precisamos é combater o coronavírus sem querelas políticas entre os Poderes. Enfim, foco para ajudar a nação.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO