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Opinião

- Publicada em 16 de Abril de 2020 às 03:00

Coronavírus e a gestão de risco nas empresas

O setor eletroeletrônico brasileiro foi fortemente impactado pelo coronavírus. Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostram que o volume importado da China representa quase metade (42%) além dos outros 38% do resto da Ásia. Além disso, após pesquisa realizada recentemente com as empresas associadas, constatou-se que 70% delas já apresentam problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes do mercado asiático, e que, por isso, devem demorar, em média, cerca de dois meses para normalizar o ritmo da produção.
O setor eletroeletrônico brasileiro foi fortemente impactado pelo coronavírus. Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostram que o volume importado da China representa quase metade (42%) além dos outros 38% do resto da Ásia. Além disso, após pesquisa realizada recentemente com as empresas associadas, constatou-se que 70% delas já apresentam problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes do mercado asiático, e que, por isso, devem demorar, em média, cerca de dois meses para normalizar o ritmo da produção.
Em função dessa alta dependência, as empresas precisam repensar sua gestão de risco. Existe, inclusive, uma norma que se refere ao Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios, a ISO 22301, entendido como a capacidade que uma organização tem de continuar a entrega de produtos ou serviços em níveis aceitáveis pré-definidos após um incidente de interrupção.
Trata-se de ações proativas, planejadas para evitar o colapso. A gestão de risco versus probabilidade é um cálculo de inferências e sorte ou azar. Como gerir isso? Com componentes especiais feitos sob encomenda ou as chamadas "moscas brancas". Outra solução é o uso de componentes intermediários, mantendo o fornecimento constante com mais de um fornecedor.
Há, ainda, a estratégia de manter ótimo relacionamento com os fornecedores para receber o respaldo e sua atenção em casos como este. Acima de tudo, o sonho de todo empresário seria trazer a gestão do governo federal para cobrar, gerir e agilizar as liberações nas aduanas por parte das autoridades fiscais da Receita.
Analisando o cenário em outra perspectiva, a ruptura das cadeias de suprimentos causada pelo coronavírus criou uma oportunidade única para aqueles países preparados e bem posicionados, que poderiam ser os receptores de milhares de empresas em processo de realocação produtiva distribuída. O Brasil está perdendo a oportunidade de ser o beneficiário desse processo em âmbito global, pois atrasou demais o calendário das reformas econômicas e de segurança.
Diretor regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
 
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