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Opinião

- Publicada em 01 de Abril de 2020 às 03:00

A distância vai nos aproximar

A Covid-19 tem imposto à toda humanidade um dos maiores desafios da nossa história e, certamente, de nossa geração. Medidas extremas de precaução modificaram profundamente a normalidade dos nossos dias. E aquilo que nos torna humanos, que temos de mais precioso, está sendo rigorosamente restrito: o convívio social.
A Covid-19 tem imposto à toda humanidade um dos maiores desafios da nossa história e, certamente, de nossa geração. Medidas extremas de precaução modificaram profundamente a normalidade dos nossos dias. E aquilo que nos torna humanos, que temos de mais precioso, está sendo rigorosamente restrito: o convívio social.
Todos estamos cientes da necessidade de isolamento e do impacto que isso pode causar no controle da expansão da pandemia e na otimização dos recursos de saúde que dispomos. No entanto, tenho a mais profunda convicção de que, ao longo desse processo, a distância vai nos aproximar.
As novas tecnologias de comunicação e os meios digitais podem colaborar para que nossas características humanas não sejam tão afetadas e nos forneçam o suporte para enfrentar essa situação com condições mais confortáveis que outras pandemias globais; hoje podemos juntar informação e proteção, o que, ao longo da história, nem sempre foi possível.
O ser humano tem uma incrível capacidade de se reinventar, de inovar. E esse período pode possibilitar um olhar para fora na experiência que o mundo e as pessoas enfrentam, seus problemas, dilemas, convicções, acompanhados de uma profunda reflexão interna que possibilite a todos sair desse episódio de maneira renovada. A sociedade pós coronavírus não será a mesma e devemos desenvolver a nossa capacidade humana para inovar e transformar o mundo.
É preciso trocar pânico por moderação, incerteza por afirmação, rumores por informação e falta de civilidade por solidariedade. Busquemos a disruptura, não a interrupção; a criação e a criatividade construtora ao invés da negação do problema ou da inanição e do pessimismo.
Neste momento difícil, as universidades são um ecossistema que deve responder com conhecimento, tecnologia e inovação, mas, sobretudo, com humanidade e solidariedade aos acontecimentos cotidianos. Não vivenciamos uma situação normal, mas essa anormalidade está criando uma nova maneira de educar e aprender. O que vai surgir depois dessa jornada? Ainda não sabemos, mas temos uma certeza: o amanhã não será igual ao ontem.
Solidariedade e resiliência talvez sejam as palavras de ordem para que sigamos em frente com serenidade, mas com firmeza. Caminhando juntos, ainda que de mãos dadas virtualmente, vamos superar esse desafio. Pensando bem, a distância já nos aproximou.
Reitor da Universidade Feevale
 
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