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Opinião

- Publicada em 31 de Março de 2020 às 14:38

Ficar em casa: essa é a única arma

Ícones de Porto Alegre, como o Parque da Redenção, têm ficado quase vazios com o isolamento

Ícones de Porto Alegre, como o Parque da Redenção, têm ficado quase vazios com o isolamento


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como emergência global de saúde pública. O Brasil apresenta um crescente aumento de casos com Covid-19 nos últimos dias. Foram confirmados 4.579 casos com 155 óbitos (dados até 30/03/20). No Rio Grande do Sul, já foram notificados 273 casos (30/03/20).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como emergência global de saúde pública. O Brasil apresenta um crescente aumento de casos com Covid-19 nos últimos dias. Foram confirmados 4.579 casos com 155 óbitos (dados até 30/03/20). No Rio Grande do Sul, já foram notificados 273 casos (30/03/20).
Estamos com disseminação comunitária, na maioria das vezes por indivíduos assintomáticos, de um vírus altamente contagioso, sendo o número de casos não notificados de Covid-19 muito maior que o de notificados.
Nos países desenvolvidos, como Itália e Estados Unidos, que retardaram o processo de contenção pelo distanciamento social, os sistemas de saúde estão com muitas dificuldades para enfrentar essa pandemia. O crescimento do número de casos nesses países é assustador e não há mais leitos disponíveis em muitos hospitais e unidades de tratamento intensivo.
Apesar de os idosos e imunocomprometidos serem o grupo de risco para desenvolverem doença grave, nos EUA, aproximadamente 40% dos pacientes que necessitaram de hospitalização tinham entre 20 e 54 anos.
Como não temos vacina e nem tratamento específico comprovadamente efetivo, a prevenção é a principal medida de contenção da doença. Nesse sentido, o distanciamento social é a ferramenta não farmacológica mais eficaz para conter a disseminação do novo coronavírus.
Apesar do impacto econômico que sofremos em decorrência dessa medida, ficar em casa, exceto para atividades essenciais, é a única arma para diminuirmos o número de pessoas infectadas e de óbitos pela Covid-19.
De acordo com a evolução da doença, novas medidas com maior ou menor restrição social poderão ser adotadas pelos órgãos de saúde. Este é um momento de grande responsabilidade social, não podemos relaxar, temos que ser firmes.
Professor Titular de Infectologia da Ufrgs e integrante do Comitê de Contingenciamento ao novo Coronavírus da instituição
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