Depois das duras medidas tomadas pelo governo do Estado em consonância com outras, tão ou mais fortes do governo federal, Porto Alegre e diversos outros municípios estão de quarentena.
Ruas vazias, milhares no chamado home office, comunicando-se com seu trabalho pela internet, esse é o aspecto que se tem. Calcula-se que o movimento, em Porto Alegre, esteja cerca de 50% menor do que em dias sem a ameaça do coronavírus.
Autoridades da saúde estipulam que ainda temos que atingir um pico da pandemia, no mínimo em 60 dias, a qual, só após isso, começará a declinar.
Até lá, não saberemos o resultado de tanta quarentena, comércio varejista sufocado em muitos ramos, exceção daqueles ligados à alimentação.
Não se viu nada igual, pois é o mundo que está atônito diante de tudo o que se está passando, pois as gerações atuais só leram ou ouviram falar de pandemias semelhantes há muitos anos.
Uma réstia de esperança veio justamente de onde o coronavírus iniciou-se, na China, pois lá não há mais registros de novos casos da moléstia. Agora é a Itália que assumiu o posto de número um da tragédia, pois ostenta o triste recorde de mortes em um único dia, além dos números que, durante semanas, nos acostumamos saber que vinham de Wuhan, na China.
Se o noticiário esparso indicar a descoberta de algo que proteja os humanos, como medicamentos existentes para outras doenças que têm dado bons resultados, ou, o melhor de tudo, uma vacina para neutralizar o coronavírus, será o máximo que todos esperam.
Enquanto essa e outras boas notícias não chegam, devemos aceitar as mudanças de hábitos tanto em nível domiciliar como, muito mais, no convívio social e em nossas atividades profissionais.
É um baque social que está repercutindo na área econômico-financeira e cujos números serão divulgados em dois, três ou mais meses. O que se sabe é que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no País, que estava projetado para algo como 2,5% neste ano, não é mais esperado. Se não for negativo, já estará no que o Ministério da Economia prevê, consideradas as circunstâncias atuais. Mas a situação pode se agravar.
Menos mal que, para amenizar a solidão de muitos, temos a tecnologia. Também surgiu a solidariedade, com jovens se dispondo a ajudar quem está no grupo de risco. É uma luta de todo o planeta contra um inimigo comum.
Gostando ou não, temos que nos acomodar, por mais algumas semanas, com essa abrupta mudança de hábitos, no aguardo de dias melhores.