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Opinião

- Publicada em 04 de Março de 2020 às 14:21

Greve policial

Paulo Franquilin
O Brasil recomeça a funcionar depois do Carnaval, convulsionado por uma greve na Polícia Militar do Ceará e, após uma dezena de dias, houve aumento das mortes naquele Estado, cujas causas estão sendo replicadas em outras unidades da Federação, inclusive no Rio Grande do Sul.
O Brasil recomeça a funcionar depois do Carnaval, convulsionado por uma greve na Polícia Militar do Ceará e, após uma dezena de dias, houve aumento das mortes naquele Estado, cujas causas estão sendo replicadas em outras unidades da Federação, inclusive no Rio Grande do Sul.
Os motivos são uma desvalorização do trabalho da segurança pública, com salários defasados e inúmeras perdas de vantagens, além de governos despreocupados com os altos índices de mortes dos policiais militares no combate ao crime.
Há um processo para desacreditar o trabalho das polícias no Brasil, com notícias tendendo a mostrar cada conflito com tiros como sendo responsabilidade dos profissionais da segurança, como se os criminosos fossem inocentes que são agredidos sem justificativa.
O número de policiais militares é de aproximadamente um milhão de servidores em todo País, que atendem mais de cinco mil municípios e suas populações, havendo neste universo de pessoas alguns profissionais envolvidos com a criminalidade.
No entanto há uma generalização negativa, o que prejudica a maioria honesta e técnica preocupada em garantir a normalidade no cotidiano daqueles que moram, estudam e trabalham, garantindo a segurança pública e o cumprimento das leis.
Os governos estaduais não padronizam salários e legislações, havendo inúmeras distorções e uso político desta área tão sensível durante as eleições, com promessas de queda dos índices de criminalidade e aumento dos efetivos policiais nas ruas, as quais, normalmente, não são cumpridas.
Enquanto efetivos do Exército e Força Nacional estão no Ceará, em Brasília o governo federal estuda mudanças legislativas que garantam uma padronização salarial e da prestação dos serviços, tirando dos governadores a autonomia para definir como devem funcionar suas polícias.
Espero que as mudanças, se ocorrerem, venham para valorizar os bons profissionais e melhorar a prestação do serviço de segurança pública para todos os brasileiros.
Jornalista e escritor
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