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Opinião

- Publicada em 03 de Março de 2020 às 16:32

Defesa anti-acesso, importância do Rio Grande do Sul

A "defesa anti-acesso" do País está intimamente engrazada com a busca do estágio de dissuasão extra regional pelo poder militar. O protagonismo do estado gaúcho nesse contexto sobreleva na medida em que se impõe como a unidade da Federação mais ao sul do grande arco estratégico defensivo litorâneo, iniciado no Amapá, concebido para a dissuasão de um desembarque anfíbio em nosso território por "grandes predadores militares" extra regionais. O grupo de artilharia de campanha aquartelado na cidade de Rio Grande tem muito boas condições para, no mais curto prazo, acantonar bateria de foguetes/mísseis Avibrás 1500/2500km, subunidade esta que seria embrionária de futuro grupo Astros II de foguetes e mísseis/GAFM naquela localidade. Esta bateria piloto pode cruzar fogos, recobrindo, para o norte, o setor de outra bateria, também precursora de outro GAFM, esta que precisa ser sediada em Florianópolis.
A "defesa anti-acesso" do País está intimamente engrazada com a busca do estágio de dissuasão extra regional pelo poder militar. O protagonismo do estado gaúcho nesse contexto sobreleva na medida em que se impõe como a unidade da Federação mais ao sul do grande arco estratégico defensivo litorâneo, iniciado no Amapá, concebido para a dissuasão de um desembarque anfíbio em nosso território por "grandes predadores militares" extra regionais. O grupo de artilharia de campanha aquartelado na cidade de Rio Grande tem muito boas condições para, no mais curto prazo, acantonar bateria de foguetes/mísseis Avibrás 1500/2500km, subunidade esta que seria embrionária de futuro grupo Astros II de foguetes e mísseis/GAFM naquela localidade. Esta bateria piloto pode cruzar fogos, recobrindo, para o norte, o setor de outra bateria, também precursora de outro GAFM, esta que precisa ser sediada em Florianópolis.
Atentar para os seguintes fatos: esse cruzamento de fogos se obtém com a "Avibrás" desenvolvendo, no mais curto prazo, um vetor de respeito com alcance de até 1500/2500 km, para permitir o recobrimento dos setores de tiro bem distante da linha do litoral/costa, não com alcance/carga fajutos de 300km/200 kg do ínfimo míssil Avmatador (de mosquitos), mas, sim, de pelo menos 1500 km/500kg; as baterias instaladas em Rio Grande e Florianópolis precisam constituir a sentinela avançada na região sul do País até sua evolução para os respectivos GAFM previstos no projeto Astros II, um dos sete ditos "estratégicos" pelo EB para efeito do binômio dissuasão extra regional/defesa anti-acesso. Este projeto, que sobreleva como o mais importante e de prioridade "um" na distribuição de recursos, precisa priorizar a linha de montagem deste meio de lançamento ao invés da entrega de viaturas blindadas "Guarany", que só serão utilizadas se o inimigo lograr passar pela barragem de fogo da artilharia alada.
Uma bateria em Rio Grande, no seu semiarco de amplitude meridional, permite cobrir, para o cone sul, região de onde não se vislumbra ameaças à nossa soberania, haja vista os interesses comuns dos países limítrofes, dentro do contexto do MERCOSUL, o que não ocorre no teatro de operações navais do Atlântico Sul, de passado ameaçador como o vivido pelo Brasil durante a chamada Guerra da Lagosta em 1963 contra a França, e tenebroso, como o sofrido pela Argentina no conflito envolvendo as Ilhas Malvinas em 1982. Com certeza, tivessem os "hermanos" mísseis com alcance mínimo de 1500 km e a esquadra de sua majestade britânica não se aventuraria no entorno do arquipélago das Falkland, distante em torno de apenas 500 km da Patagônia. Em verdade, o incremento de meios variados de apoio de fogo na cidade gaúcha só faz aumentar o protagonismo do Estado na participação da defesa do País, inclusive podendo bater alvos que, do mar, ameacem os vizinhos.
Coronel de infantaria e Estado-Maior
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