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Opinião

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2020 às 03:00

A intolerável indisciplina nas polícias do Ceará

Não se contesta o legítimo direito de as polícias, tanto a militar, fardada, como a civil, de pleitearem melhores vencimentos em seus estados. No entanto, o que aconteceu no Ceará, tanto na Capital, Fortaleza, quanto em Sobral, importante polo socioeconômico daquele estado, quando policiais civis e militares se rebelaram, é injustificável.
Não se contesta o legítimo direito de as polícias, tanto a militar, fardada, como a civil, de pleitearem melhores vencimentos em seus estados. No entanto, o que aconteceu no Ceará, tanto na Capital, Fortaleza, quanto em Sobral, importante polo socioeconômico daquele estado, quando policiais civis e militares se rebelaram, é injustificável.
Para pleitear melhores ganhos, policiais encapuzados e com alarido, travaram todo o aparato que estava à disposição deles para proteger a sociedade. Pneus furados, esvaziados, veículos danificados e quartéis bloqueados pelo insurretos. A Constituição proíbe greves de servidor público armado, justamente as polícias. O que se viu merece total repúdio, mesmo que, sublinhamos, reconheça-se o livre direito da reivindicação. Porém todos os limites legais foram ultrapassados e, ao fim, o que se viu foi um nivelamento grotesco dos policiais àqueles aos quais eles devem combater, malfeitores em todos os seus matizes.
O mínimo que se espera é a punição dos baderneiros com o rigor da legislação. Nesse ponto, em um sinal de endurecimento contra os policiais que participaram do motim no Ceará, o governador Camilo Santana (PT) não concederá nenhum tipo de anistia administrativa para os envolvidos em atos de vandalismo. Terá todo o apoio, não apenas dos seus concidadãos, mas, de resto, dos demais brasileiros, escandalizados com o que foi mostrado nas tevês. Uma indisciplina rasteira, levando ao descalabro social e que motivou, segundo noticiado, ao assassinato de pelo menos 170 pessoas, durante os dias da amotinação e aquartelamento forçado das polícias cearenses.
A Força Nacional, com cerca de 250 homens, não teve poder presencial nem mobilidade para restaurar a ordem pública na capital Fortaleza e menos ainda no interior do Estado. Daí que, acertadamente, usando do poder de chamar as Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), tropas do Exército tomaram as ruas da capital e, depois, também de cidades importantes do Ceará.
Além disso, atitude irresponsável em Minas Gerais, estado em fase financeira falimentar, quando o governo do Estado concedeu um reajuste de 42% aos servidores das polícias, aumento esse ampliado pelos deputados estaduais para todo o funcionalismo. Ora, isso atiçou a baderna que se viu. Mas, não se pode tolerar a indisciplina nos quarteis e nas forças policiais em geral, ainda que as reivindicações sejam justas, concordamos. Mas, com ordem e atendendo a legislação.
 
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