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Opinião

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Dólar e inflação de alimentos, e o novo corte da Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje a primeira reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros da economia, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), atualmente em 4,5% ao ano. A reunião ocorre a cada 45 dias. Nesta, existe a possibilidade de uma nova redução em 0,25 ponto percentual da Selic, para 4,25% ao ano. No final de quarta-feira, o Copom dará seu veredicto.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje a primeira reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros da economia, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), atualmente em 4,5% ao ano. A reunião ocorre a cada 45 dias. Nesta, existe a possibilidade de uma nova redução em 0,25 ponto percentual da Selic, para 4,25% ao ano. No final de quarta-feira, o Copom dará seu veredicto.
Em julho de 2019, o comitê iniciou um ciclo de cortes, reduzindo a Selic em 0,5 ponto percentual, para 6% ao ano. Em setembro, a Selic foi reduzida novamente em 0,5 ponto percentual, com cortes adicionais de 0,5 ponto em outubro e 0,5 ponto em dezembro. Segundo a última edição do boletim Focus, pesquisa do BC com instituições financeiras, a Selic deve ser reduzida para 4,25% na reunião que será concluída amanhã, mas permanecendo nesse nível até dezembro e só subindo em 2021. No entanto, a alta do dólar nos últimos dias e a inflação de alimentos, como a carne, no fim do ano passado, podem fazer o Copom manter os juros básicos.
O mercado sabe que a taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Neste ano, a meta é 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%. Para as instituições pesquisadas pelo boletim Focus, a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2020 abaixo do centro da meta, em 3,40%, mesmo com a alta recente da carne.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, o Copom precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto - comprando e vendendo títulos públicos federais - para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião do Copom.
Neste ano, a economia nacional tem que manter e aumentar a perspectiva sobre um mais robusto Produto Interno Bruto (PIB), com a desejada geração de empregos formais, como estão esperando em torno de 11,6 milhões de brasileiros, agora desempregados.
Como a inflação dos alimentos arrefeceu, mas com a crise do coronavírus - sempre temos uma no exterior com reflexos dentro do Brasil - elevou o dólar a picos recordes, o melhor seja mesmo manter a Selic em 4,5% ao ano. Só resta aguardar o que a diretoria do BC decidirá.
 
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