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Opinião

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Ideias para a Capital

Montserrat Martins
Quando uma capital se valoriza, todo o estado ganha, o aumento do fluxo para uma capital pode beneficiar outras regiões também. E vice-versa, a capital pode se beneficiar do turismo, como é o caso de quem passa por Porto Alegre para ir a Gramado, ou quem vai para Fortaleza e depois para Jericoacoara.
Quando uma capital se valoriza, todo o estado ganha, o aumento do fluxo para uma capital pode beneficiar outras regiões também. E vice-versa, a capital pode se beneficiar do turismo, como é o caso de quem passa por Porto Alegre para ir a Gramado, ou quem vai para Fortaleza e depois para Jericoacoara.
Cobrar cerca de R$ 5,00 por dia de carros que não são de Porto Alegre, quando vierem à Capital, é uma "ideia de jerico", que além de atrapalhar trabalhadores que dependem de carro para suas atividades, prejudica nosso comércio e torna a Capital mais antipática para todos. Está na contramão de outra ideia dessa mesma gestão municipal, que é a da roda gigante na beira do Guaíba, uma iniciativa que valoriza a apreciação de nossas belezas naturais. Precisamos de mais turismo e menos taxas. E podemos buscar inspiração no próprio Brasil, nem precisamos ir tão longe para nos inspirar na roda gigante de Londres, porque há coisas que não se pode reproduzir aqui, como as tomadas das paradas de ônibus de Paris.
Podemos nos inspirar, por exemplo, no teleférico de Poços de Caldas ou de Camboriú, este com vista do mar, ambos aproveitando os morros locais. No governo Yeda se falou em criar um parque em cima do morro, porque não criar uma linha de teleférico que partisse do morro em direção à orla do Guaíba? É inspiradora a Estação das Docas de Belém do Pará, que é um sucesso absoluto de público e de movimento no comércio local. Com a arquitetura original das docas preservada, um ambiente rústico bem cuidado fica "chique". A arquitetura de valor histórico ali casou bem com o contemporâneo, como um palco móvel que circula "no teto", circulando sobre os bares, com música ao vivo. É inspirador o turismo no Delta do Paraíba, lá no Piauí, num trajeto em que os barcos mostram as belezas naturais e os caranguejeiros, por que não promover um trajeto turístico no Delta do Jacuí?
Não precisamos da Torre Eiffel porque já temos o Gasômetro, reproduzido inclusive no Minimundo de Gramado. Mas podemos fazer como mineiros, catarinenses, paraenses, piauenses, brasileiros como nós, que têm valorizado suas belezas naturais para estimular a economia e os negócios. Com turistas do País inteiro vindo em pacotes turísticos para Gramado e Canela, é um desperdício de oportunidades não criar roteiros turísticos na capital gaúcha.
Claro que investir em turismo - um ramo de negócios cada vez mais importante e que beneficia todos os outros - requer cuidados em infraestrutura, inclusive a segurança para os visitantes. Ajuda se a prefeitura não cobrar dos carros de outra cidade e se zelar para impedir minas de carvão à beira do Guaíba também.
Médico, autor de Em busca da alma do Brasil
 
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