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Opinião

- Publicada em 31 de Janeiro de 2020 às 03:00

O peso do transporte no bolso do cidadão

O pacote denominado "Transporte Cidadão", apresentado pela prefeitura de Porto Alegre, busca alternativas para reduzir o valor da passagem de ônibus. Entre as propostas, a cobrança de uma taxa por quilômetro rodado para as empresas de transporte por aplicativos, e a cobrança de uma taxa para entrar na cidade para veículos emplacados fora de Porto Alegre.
O pacote denominado "Transporte Cidadão", apresentado pela prefeitura de Porto Alegre, busca alternativas para reduzir o valor da passagem de ônibus. Entre as propostas, a cobrança de uma taxa por quilômetro rodado para as empresas de transporte por aplicativos, e a cobrança de uma taxa para entrar na cidade para veículos emplacados fora de Porto Alegre.
Segundo a prefeitura, 70 mil veículos com placas de fora circulam diariamente na cidade. A proposta de taxar o fluxo de pessoas entre cidades irá reduzir a atratividade econômica de Porto Alegre, afastando turistas e empresas. Além disso, essa cobrança se tornará inviável para quem mora em outra cidade e usa seu carro como locomoção para trabalhar em Porto Alegre, pois ficará extremamente oneroso para o trabalhador arcar com essa taxa.
A prefeitura divulgou uma redução superior a 59 milhões de usos do transporte público nos últimos três anos. Muitas dessas pessoas migraram para os aplicativos de transporte, que trouxeram mudanças na forma como nos transportamos, facilitando a locomoção e melhorando a qualidade.
Esses aplicativos se tornaram uma alternativa de renda para os desempregados, proporcionando trabalho em um serviço sem, ainda, tanta intervenção do governo. Com a taxação por quilômetro rodado, aumentará o valor para os usuários dos aplicativos.
Como o transporte público é ruim e o brasileiro é criativo, certamente irá surgir uma nova alternativa para aqueles que não querem andar de ônibus e não querem gastar muito, e, novamente, o governo terá que "inovar" na forma de arrecadação. Ou seja, é uma solução que agrava o problema. A ideia, em vez de procurar resolver os já conhecidos problemas que enfrentamos com o transporte público, entrega uma falsa imagem de tarifas mais baratas. Como diz o ditado, não há almoço grátis, ou seja, alguém, em algum momento, irá pagar essa transação econômica.
Como o pacote se apresenta, todos irão dividir essa conta, pois todos os indivíduos irão pagar pelo transporte público, independentemente se são usuários ou não. Ou seja, iremos financiar, contra a nossa vontade, um serviço ultrapassado e mal gerido. A proposta, portanto, além de antieconômica, é imoral. Não é papel do Estado intervir no transporte das pessoas. A melhor alternativa seria dar liberdade aos cidadãos, bem como desregulamentar o mercado e tirar as barreiras de entrada para novas empresas.
Empresária e associada do IEE
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