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Opinião

- Publicada em 30 de Janeiro de 2020 às 03:00

Capacidade de dissuadir, brasileiros alertas

Não faz muito, um texto na mídia especializada relatava que pela primeira vez havia sido lançado ataque contra posições do Estado Islâmico na Síria por submarino russo posicionado no Mar Mediterrâneo. O submergível era do tipo diesel-elétrico e lançou mísseis de cruzeiro através de tubos de torpedo. Cabe a pergunta: os quatro submarinos convencionais, que pretendemos construir, são capazes desta proeza? Sim, porque sem este recurso pouco vai adiantar lançá-los ao mar, a não ser que se imaginem batalhas navais com latino-americanos!
Não faz muito, um texto na mídia especializada relatava que pela primeira vez havia sido lançado ataque contra posições do Estado Islâmico na Síria por submarino russo posicionado no Mar Mediterrâneo. O submergível era do tipo diesel-elétrico e lançou mísseis de cruzeiro através de tubos de torpedo. Cabe a pergunta: os quatro submarinos convencionais, que pretendemos construir, são capazes desta proeza? Sim, porque sem este recurso pouco vai adiantar lançá-los ao mar, a não ser que se imaginem batalhas navais com latino-americanos!
Nossos inimigos em potencial declarados são extras regionais! Não adianta querer se enganar, pé no chão, precisamos de belonaves que batam sem alisar e não apenas para desfiles pela orla marítima. Uma outra notícia ressaltava que belonaves russas tinham disparado mais de vinte mísseis de cruzeiro do Mar Cáspio, que faz fronteira com Rússia, Irã e litoral de outros três países, contra o Estado Islâmico, voando 1,5 mil quilômetros antes de acertar os alvos. As armas de precisão atingiram todos os objetivos pretendidos. Os ataques necessitaram da cooperação do Irã e do Iraque, pois os mísseis viajariam através de seus espaços aéreos para chegar à Síria. A propósito, imaginem se caísse um deste, capaz de atingir alvos a 2,5 mil quilômetros, com precisão de três metros, no litoral santista defrontante da bacia pré-sal, e estaríamos correndo atrás do prejuízo. E daí? Será que vamos deixar cruzadores alienígenas chegarem até 300 quilômetros para só então batê-los com o vetor mais potente que fabricamos, limitado a este pífio alcance? Ora, ora, que perda de tempo!
Ainda há pouco, o mundo foi surpreendido com bombardeio que matou o general iraniano Qasem Soleimani no Iraque, seguido de outro com informes preliminares sobre mortos e feridos.
As ameaças de vingança e de retaliação se sucedem, com enumeração de alvos em potencial visados pelas partes em conflito. E nós, como ficamos? Quem assegura que nada pode nos atingir? Quem pode afirmar que Trump, Putin, ou qualquer outro líder de grande potência mundial não venha a querer ditar cátedra nos nossos, mais do que indefesos, quintal amazônico e parque aquático Atlântico? Em que pese a superioridade de Rússia e EUA, seja em carros de combate, belonaves e aviões, há que se considerar que, com certeza, jamais combateremos na estepe ou no faroeste, com a vantagem destes oponentes só se dando se logram cerrar meios para invadir o litoral, possibilidade inócua que seria mais afastada ainda se sua armaria for maciçamente batida por mísseis de cruzeiro, lançados por navios de escolta da nossa esquadra, devidamente reforçados por vetores com mesmo alcance de 1,5 mil/2,5 mil quilômetros das baterias do Exército. Em verdade se os fogos longínquos destas forças irmãs não dissuadirem, vai ser um osso duro de roer resistir com "soldados universais" já de pé em nosso território.
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
 
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