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Opinião

- Publicada em 28 de Janeiro de 2020 às 03:00

A Justiça e o Direito

Matteo Soares Ortigara
Esses dois conceitos que ora se unem, ora se afastam, sempre geraram muita discussão a fim de descobrir qual o real sentido da Justiça e de que modo, o Direito, com seus instrumentos legais, poderia se fundamentar a partir desse ideal. No entanto, sabemos que essa não é uma resolução fácil de atingir, uma vez que buscamos respostas há mais de séculos. O Direito nada mais é do que mecanismos desenvolvidos pelo homem, em uma dada sociedade, para estabelecer e restabelecer, quando perdido, o equilíbrio. Sabemos que a função mater do Estado é justamente essa, regular a sociedade e permitir que, por meio do Direito, cada cidadão seja detentor de sua "parcela de liberdade" possibilitando viver em harmonia.
Esses dois conceitos que ora se unem, ora se afastam, sempre geraram muita discussão a fim de descobrir qual o real sentido da Justiça e de que modo, o Direito, com seus instrumentos legais, poderia se fundamentar a partir desse ideal. No entanto, sabemos que essa não é uma resolução fácil de atingir, uma vez que buscamos respostas há mais de séculos. O Direito nada mais é do que mecanismos desenvolvidos pelo homem, em uma dada sociedade, para estabelecer e restabelecer, quando perdido, o equilíbrio. Sabemos que a função mater do Estado é justamente essa, regular a sociedade e permitir que, por meio do Direito, cada cidadão seja detentor de sua "parcela de liberdade" possibilitando viver em harmonia.
Por essa essencialidade do Direito concatenada aos ideais do Estado, é que na graduação jurídica, estudamos normativos em vigor, procedimentos para sanção e o próprio processo legislativo e não, como outorgar Justiça aos Injustiçados. Portanto, concluímos que primariamente nossa ligação é com a ordem das leis e com o equilíbrio.
A Justiça em sua essência parte do desiquilíbrio, uma vez que, por determinado acontecimento, uma pessoa teve sua liberdade restringida, seu patrimônio afetado ou até mesmo, sua vida reduzida a nada, por uma vontade alheia. A Justiça é um ideal muito mais profundo, pois nos remete a um estilo de vida e não apenas, a sanção cominada frente o delito cometido. Esse ideal flerta com caráter, ética e moral; A Justiça exige que tomemos atitudes que muitas vezes não queremos; A Justiça parte da capacidade de empatia e de humildade de cada cidadão.
Portanto, finalizo expondo que nossa diretriz constitucional nos remete a um Estado e consequentemente, a uma sociedade de convívio pacífico, de oportunidades e de crescimento. Parece-me que ainda não atingimos o propósito magno, pois perdemos o sentido da Justiça em nossos atos. Perdemos esse ideal quando trocamos o texto pela brecha na lei para se escusar da responsabilidade; Perdemos esse ideal quando trocamos o "bem-estar comum" pelo "bem-estar próprio"; Perdemos esse ideal quando usamos da lei, não para seu fim, mas para legitimar discursos autoritários e reafirmar nossos próprios pontos.
A lei e a Justiça são instrumentos para que a sociedade viva em paz, nos basta encontrar, nas pequenas atitudes, um propósito maior, que de fato ligue o Direito à Justiça.
Acadêmico de Direito na Universidade de Passo Fundo/RS
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