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Opinião

- Publicada em 28 de Janeiro de 2020 às 03:00

O tempo não é uma medida absoluta

A história da educação no Brasil consagrou alguns conceitos cujas aplicações infantilizam e estupidificam os alunos desde seus primeiros anos. O objetivo era um: criar uma massa manobrável. Tem dado certo. Ao mesmo tempo, retirou a responsabilidade e a autoridade dos pais no processo educacional, fruto do paternalismo estatal e que tem como efeito colateral a perda da autoridade do professor dentro de sala de aula que é, em última análise, garantida pelo pulso da própria família. Uma vez perdido esse último, o resultado é a perda do poder do próprio professor tanto para cobrar o aprendizado quanto para se impor quanto à disciplina. Não podemos generalizar o aprendizado quando cada indivíduo tem seu tempo para receber os estímulos adequados à sua maturidade.
A história da educação no Brasil consagrou alguns conceitos cujas aplicações infantilizam e estupidificam os alunos desde seus primeiros anos. O objetivo era um: criar uma massa manobrável. Tem dado certo. Ao mesmo tempo, retirou a responsabilidade e a autoridade dos pais no processo educacional, fruto do paternalismo estatal e que tem como efeito colateral a perda da autoridade do professor dentro de sala de aula que é, em última análise, garantida pelo pulso da própria família. Uma vez perdido esse último, o resultado é a perda do poder do próprio professor tanto para cobrar o aprendizado quanto para se impor quanto à disciplina. Não podemos generalizar o aprendizado quando cada indivíduo tem seu tempo para receber os estímulos adequados à sua maturidade.
No começo do século passado, Albert Einstein nos mostrou que o tempo é relativo, que depende do referencial. Mutatis mutandis vale para as crianças. Elas não podem ser reduzidas a um número, a uma data. Tenho defendido que crianças que completem seis anos após 31 de março possam entrar no primeiro ano, com aval dos pais e de seu último professor. Vale lembrar que ninguém é empurrado para frente ou obrigado a acelerar seu aprendizado. Cada caso poderá ser analisado individualmente e, de acordo com o desejo dos pais e consentimento do professor, este aluno terá seu tempo de aprendizado respeitado.
Em 2019, apresentei o projeto No Tempo Certo, que foi aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governo do Estado. Porém, grupos contrários a este avanço e movidos por um viés ideológico tentam derrubar a lei juridicamente, desrespeitando o que foi aprovado de forma democrática e com o rito processual adequado no parlamento. Natural que alguns setores, em especial os ligados a pensamentos mais à esquerda, a vanguarda do atraso, se posicionem contra a lei. Ela começa a desfazer alguns nós conceituais que nos levaram a esta situação terrível em que o Estado provê a educação, mas o aluno não aprende como deveria. Seguem agora desdizendo tudo o que foi falado nos últimos anos e décadas. Querem respeitar o tempo das crianças, mas não querem respeitar o tempo de cada uma de forma individualizada.
Elaborei esta lei pensando nas famílias e nas crianças gaúchas. A lei prospera.
Deputado estadual (DEM)  
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