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Opinião

- Publicada em 10 de Janeiro de 2020 às 03:00

Estiagem gaúcha e queimadas australianas

Na primeira semana de 2020, ocorreram eventos que chamaram a atenção e cujos reflexos ainda são imprevisíveis. O primeiro, que não será objeto desta abordagem, é o conflito entre Estados Unidos e Irã. No entanto, outros dois, que são climáticos, chamam atenção e ainda são incertos os seus reflexos. No Rio Grande do Sul e em parcela do estado de Santa Catarina, estamos passando por um período de estiagem que prejudica algumas culturas, principalmente do milho e da soja.
Na primeira semana de 2020, ocorreram eventos que chamaram a atenção e cujos reflexos ainda são imprevisíveis. O primeiro, que não será objeto desta abordagem, é o conflito entre Estados Unidos e Irã. No entanto, outros dois, que são climáticos, chamam atenção e ainda são incertos os seus reflexos. No Rio Grande do Sul e em parcela do estado de Santa Catarina, estamos passando por um período de estiagem que prejudica algumas culturas, principalmente do milho e da soja.
No milho, a parte plantada mais cedo não deve sofrer os reflexos da estiagem. A plantada bem mais tarde, se tivermos chuvas, também não sofrerá os efeitos danosos. No entanto, uma grande parcela, que exatamente neste período de enchimento dos grãos está precisando de chuva, vai ter, na parte não irrigada, uma quebra considerável de safra com reflexos em diversos setores da economia. Traz resultados negativos inclusive para a população urbana e ocasiona a falta de oferta de insumos para as rações destinadas aos animais.
Do outro lado temos queimadas na Austrália, que pode parecer não refletirem em nossa economia. Usando uma metáfora, como a fumaça saída da Austrália chegou ao Rio Grande do Sul, também reflexos econômicos podem chegar a outros países e continentes. A Austrália é uma grande produtora e exportadora mundial de carne, principalmente bovina. Não há dúvida de que essas queimadas prejudicarão a pecuária australiana, o que ocasionará diminuição da oferta de carne nos mercados mundiais. Poderá ocorrer fato assemelhado ao da China que, em razão da peste suína africana, passou a acentuar a demanda por carne.
Não pretendo ser alarmista nem prever que, em função das queimadas na Austrália, possa haver mais aumentos nos preços das carnes. De toda forma, não há dúvida de que os reflexos serão muito fortes e identicamente à fumaça, os efeitos econômicos poderão agravar-se em função da diminuição de oferta de produtos hoje exportados pela Austrália.
No início do ano não havia previsão de que esses fatos poderiam ocorrer. A caminhada no processo econômico é assim: os imprevistos ocorrem. Precisamos remover as pedras do caminho e, durante períodos de dificuldade, encontrar o caminho das pedras com muito planejamento e serenidade, mas com coragem na hora de decidir em circunstâncias adversas.
Advogado e integrante do Instituto de Pesquisa Gianelli Martins
 
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