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Opinião

- Publicada em 09 de Janeiro de 2020 às 03:00

Suando a camisa

As altas temperaturas, o sol escaldante e o clima abafado resultam em um cenário absolutamente adverso para a prática de esportes. É um adversário a mais que as equipes que disputam o Campeonato Gaúcho enfrentam. Enquanto a bola rola, os jogadores são submetidos a um calor que, em 2019, chegou a registrar marcas impressionantes, como 65 graus no gramado, em medição no estádio do São José, em Porto Alegre. Paradas técnicas e constante hidratação são só alguns dos cuidados que se deve ter quando é exercida a prática esportiva sobre essas condições. A medida vale para os jogadores profissionais, mas também para os peladeiros de final de semana ou ainda mais com as crianças. É indispensável ter muito cuidado.
As altas temperaturas, o sol escaldante e o clima abafado resultam em um cenário absolutamente adverso para a prática de esportes. É um adversário a mais que as equipes que disputam o Campeonato Gaúcho enfrentam. Enquanto a bola rola, os jogadores são submetidos a um calor que, em 2019, chegou a registrar marcas impressionantes, como 65 graus no gramado, em medição no estádio do São José, em Porto Alegre. Paradas técnicas e constante hidratação são só alguns dos cuidados que se deve ter quando é exercida a prática esportiva sobre essas condições. A medida vale para os jogadores profissionais, mas também para os peladeiros de final de semana ou ainda mais com as crianças. É indispensável ter muito cuidado.
A exposição ao calor durante o exercício pode ocasionar problemas como irritação, queimadura da pele e, principalmente, alterações relacionadas ao aumento significativo da temperatura corporal (hipertermia) e perda de líquido corporal (desidratação). Alguns fatores são determinantes para que ocorram tais eventos. São eles: exposição à luz solar direta ou indiretamente, sua intensidade e duração, umidade relativa do ar, temperatura e ventilação do ambiente. Além disso, características genéticas do indivíduo, condicionamento físico, treinamento e aclimatação (capacidade de adaptação ao estresse ambiental), também contribuem.
Quando ocorre desidratação e hipertermia, essa combinação pode afetar o sistema cardiovascular. Quando associada a sintomas neurológicos (vertigem, perda de coordenação) gera exaustão ao calor. Caso o processo perdure, o quadro clínico do atleta pode piorar (desorientação e confusão mental) e evoluir para uma intermação e, em casos extremos, até para o coma e a morte.
O ser humano possui um sistema de manutenção das funções orgânicas (homeostase), incluindo a temperatura corpórea, que ajuda a manter uma temperatura média corporal de 36°C a 39°C, através do mecanismo de termorregulação, comandado pelo sistema neuro-hormonal e cardiovascular, principalmente.
Nosso corpo não é uma máquina, e, por isso, para evitar complicações, torna-se importante o uso de protetores, quando possível (vestimenta com proteção UV, bonés, protetor solar), hidratação com consumo de água, fundamentalmente evitar os horários de maior intensidade solar e de calor, entre outras intervenções. Convém reforçar, ainda, a importância do planejamento para a prática esportiva. É primordial, para superar as adversidades ocasionadas pelo calor, contar com uma equipe profissional com formação e experiência, incluindo avaliação médica pré-exercício. Essas medidas vão minimizar os riscos ao atleta e possibilitar o seu melhor desempenho.
Médico do Esporte
 
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