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Opinião

- Publicada em 26 de Dezembro de 2019 às 03:00

A solidariedade na política

A política é uma celebração do coletivo, da unificação de ideias e de amor ao próximo. É essa a missão constitucional de um parlamentar: olhar para o próximo. Jesus, para aqueles que creem, foi o grande iniciador e incentivador do respeito à diversidade: todos somos um. Protocolar projetos de lei como a liberação da maconha para fins medicinais, escola com partido, a equiparação dos salários dos mais altos servidores públicos aos professores e judicializar o pacote de alteração às carreiras dos serviços públicos mais básicos do Estado são formas de defender o real propósito da política. Política é para o povo. O povo é o detentor do poder. Acontece que temos milhares de pessoas na miséria, que sequer sabem ler. Para judicializar o pacote de medidas ajustadas pelo governador, há a necessidade de ter acesso a um computador, assinatura eletrônica, internet e por aí vai. Isso é democracia? Muitos eleitores entram em contato com os parlamentares através de mensagens de áudio, pois não sabem ler, tampouco escrever. Muitos eleitores vivem com R$ 400,00 mensais, o máximo que conseguem é comer um arroz com ovo frito no dia a dia, rezar para não perder o emprego, e ser, cada vez mais, escravo de um sistema que não admite a política para pobre.
A política é uma celebração do coletivo, da unificação de ideias e de amor ao próximo. É essa a missão constitucional de um parlamentar: olhar para o próximo. Jesus, para aqueles que creem, foi o grande iniciador e incentivador do respeito à diversidade: todos somos um. Protocolar projetos de lei como a liberação da maconha para fins medicinais, escola com partido, a equiparação dos salários dos mais altos servidores públicos aos professores e judicializar o pacote de alteração às carreiras dos serviços públicos mais básicos do Estado são formas de defender o real propósito da política. Política é para o povo. O povo é o detentor do poder. Acontece que temos milhares de pessoas na miséria, que sequer sabem ler. Para judicializar o pacote de medidas ajustadas pelo governador, há a necessidade de ter acesso a um computador, assinatura eletrônica, internet e por aí vai. Isso é democracia? Muitos eleitores entram em contato com os parlamentares através de mensagens de áudio, pois não sabem ler, tampouco escrever. Muitos eleitores vivem com R$ 400,00 mensais, o máximo que conseguem é comer um arroz com ovo frito no dia a dia, rezar para não perder o emprego, e ser, cada vez mais, escravo de um sistema que não admite a política para pobre.
Por que o projeto da maconha é inconstitucional? Em tese, porque um parlamentar estadual não pode legislar para tanto. Mesmo com o voto de milhares de eleitores que acreditam na pessoa que propôs. Mas é inconstitucional. Constitucional mesmo é alimentar o narcotráfico com a possibilidade de a maconha ser adquirida apenas através do submundo. Constitucional é pagar os professores com salários reduzidíssimos, parcelado e, agora com a greve, dar oportunidade para que o narcotráfico coopte mais crianças e adolescentes já que estão sem o que fazer. Inconstitucional é escola com partido. Por que ensinar política? Para quem?
Será, caros eleitores, que ensinar política é perigoso? Não! Ensinar política é liberar o povo da escravidão. É dar força aos argumentos para se efetivarem os direitos tão belos como estão na Constituição Federal do Brasil. Quando se propõe a equidade salarial para que os altos cargos saibam o que é ganhar R$ 2 mil por mês, não há nenhum incentivo ao parlamentar porque isso é como mesmo? Inconstitucional. Contudo, entende-se como constitucional o pagamento parcelado de uma das principais carreiras do Brasil: magistério.
À medida que o parlamentar vem das classes mais baixas, filho de servidores públicos, casado com servidora pública que atua diretamente com a pobreza, a inconstitucionalidade passa a ser uma afronta. Uma afronta de que nível se chegou como humanidade. A partir do momento que levarmos a constitucionalidade para o patamar de que é necessário ser realista, as leis passarão a ter legitimidade. Deixar os usuários de maconha sem assistência médica, nas mãos do narcotráfico, não dar incentivo a discussões políticas, desmerecer a cultura e a arte (principais canais de libertação), e aniquilar o serviço público não são respostas à altura de uma política de solidariedade. E sem solidariedade, não haverá futuro.
Deputado estadual (Podemos)
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