Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 24 de Dezembro de 2019 às 03:00

Brasil: nação desigual

Vilson Antonio Romero
Ano após ano, nossa desigualdade social segue escancarada. Novamente, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e voltamos a cair no ranking mundial de 189 países. O IDH mede o bem-estar das populações considerando saúde (expectativa de vida ao nascer), educação (anos esperados de escolaridade e média de anos de estudo da população adulta) e renda nacional bruta per capita. Inspirado nos estudos dos economistas Mahbub Ul Haq (paquistanês) e Amartya Sem (indiano), o indicador surgiu em 1990. Desde então, nunca logramos chegar ao nível mais alto desta classificação alternativa de desenvolvimento, com foco no cidadão.
Ano após ano, nossa desigualdade social segue escancarada. Novamente, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e voltamos a cair no ranking mundial de 189 países. O IDH mede o bem-estar das populações considerando saúde (expectativa de vida ao nascer), educação (anos esperados de escolaridade e média de anos de estudo da população adulta) e renda nacional bruta per capita. Inspirado nos estudos dos economistas Mahbub Ul Haq (paquistanês) e Amartya Sem (indiano), o indicador surgiu em 1990. Desde então, nunca logramos chegar ao nível mais alto desta classificação alternativa de desenvolvimento, com foco no cidadão.
O Brasil passou da 78ª para a 79ª colocação em 2018, ficando com 0,761 pontos (quanto mais próximo de 1,000, maior o desenvolvimento humano). Depois de termos registrado avanços significativos entre 1990 e 2013, desde então a curva é descendente: já perdemos três posições, principalmente pelo fato de os indicadores na educação permanecerem em patamares muito baixos.
O período esperado para que os brasileiros fiquem na escola estagnou em 15,4 anos desde 2016 e a média do tempo de estudo da população adulta ficou em apenas 7,8 anos - mesma de 2017.
A desigualdade de renda é outra chaga da nação: os 10% mais ricos detêm 41,9% da renda total do País, segunda maior concentração de renda em todo o mundo, atrás apenas do Catar.
Há algumas evoluções tímidas: a expectativa de vida ao nascer passou de 75,5 para 75,7 anos e a renda nacional bruta per capita subiu de US$ 13.975 para US$ 14.068.
Na classificação geral, o melhor IDH é o da Noruega (0,954), seguido pelo da Suíça (0,954) e da Irlanda (0,942). Os três piores são Chade (0,401), República Centro-Africana (0,381) e Níger (0,377). Na América do Sul, o Brasil fica atrás do Chile (0,847), Argentina (0,830) e Uruguai (0,808).
Como alerta o PNUD: "As desigualdades no desenvolvimento humano ferem as sociedades e enfraquecem a coesão social e a confiança das pessoas no governo, nas instituições e umas nas outras. As desigualdades ferem também as economias, impedindo que as pessoas alcancem seu potencial no trabalho e na vida".
Os organismos internacionais têm denunciado: há muito a ser feito neste país-continente sempre em vias de desenvolvimento, para que tenhamos uma Nação mais justa, igual e solidária.
Jornalista, diretor da Associação Riograndense de Imprensa
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO