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Opinião

- Publicada em 20 de Dezembro de 2019 às 14:13

O foco é na causa

Richard Sacks
Da mesma forma como se fazem necessárias as campanhas de vacinação, que têm o propósito de conscientizar a população, vejo necessária uma campanha com o propósito de conscientizar e esclarecer onde se situa o verdadeiro problema das finanças públicas do Rio Grande do Sul, que se mantêm a cada dia mais deficitárias. O foco é tocar na causa, e não na consequência. O Estado passa por uma grave crise financeira. Crises são efeitos, e a maioria provém de medidas e decisões construídas por mãos e mentes de pessoas lambuzadas de ideias populistas.
Da mesma forma como se fazem necessárias as campanhas de vacinação, que têm o propósito de conscientizar a população, vejo necessária uma campanha com o propósito de conscientizar e esclarecer onde se situa o verdadeiro problema das finanças públicas do Rio Grande do Sul, que se mantêm a cada dia mais deficitárias. O foco é tocar na causa, e não na consequência. O Estado passa por uma grave crise financeira. Crises são efeitos, e a maioria provém de medidas e decisões construídas por mãos e mentes de pessoas lambuzadas de ideias populistas.
Os problemas do RS são enormes, porém, o maior deles está na inchada máquina pública e sua enorme folha de pagamentos. Hoje 82% das despesas são com a folha; 60% são inativos, e apenas 40% ativos. Não é necessária muita noção em matemática para ver que a conta não fecha. Muito tem se discutido sobre a dívida com a União ou a privatização das estatais, que são debates importantes, mas não adiantam em nada caso não se mexa na causa, que é a despesa com pessoal. Ao longo de anos, os governos vêm cedendo às pressões e interesses das corporações e sindicatos, fazendo com que as despesas aumentassem sem arrecadar o suficiente para pagar todas essas obrigações.
Administrações passadas foram empurrando o problema e usando manobras para manter as contas. Agora essas fontes vêm secando, e, se não mexermos na causa, as consequências serão ainda piores. Um primeiro passo deve ser dado, com a votação do pacote de reformas enviado para a Assembleia.
A população gaúcha, a maior interessada, deve pressionar os deputados e manifestar seu apoio ao pacote que irá modernizar o quadro de pessoal. Caso não faça, uma minoria privilegiada, que são os servidores, pretende impedir a reforma sem dar soluções concretas para o caos das finanças do Estado.
Por fim, despesa de pessoal, tanto de ativos quanto de inativos, é algo que se repete todos os meses. Isso significa que, deixando intocável essa importante causa, o rombo não vai diminuir. Porém, nem mesmo a reforma terá poder para mexer em direitos adquiridos. Aí é que mora o problema sem solução.
Empreendedor e associado do IEE
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