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Opinião

- Publicada em 17 de Dezembro de 2019 às 03:00

Aumentar Fundo Eleitoral está fora do contexto de crise

A crise financeira que assola a União, o Rio Grande do Sul e muitas prefeituras no País é inegável. Assim mesmo, e quase sendo considerado um deboche para com os problemas de déficits nacionais, parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovaram relatório que eleva em R$ 1,8 bilhão o Fundo Eleitoral, a partir de um corte de investimentos na saúde de R$ 500 milhões; na educação, de R$ 280 milhões; e na infraestrutura e desenvolvimento regional, de R$ 380 milhões.
A crise financeira que assola a União, o Rio Grande do Sul e muitas prefeituras no País é inegável. Assim mesmo, e quase sendo considerado um deboche para com os problemas de déficits nacionais, parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovaram relatório que eleva em R$ 1,8 bilhão o Fundo Eleitoral, a partir de um corte de investimentos na saúde de R$ 500 milhões; na educação, de R$ 280 milhões; e na infraestrutura e desenvolvimento regional, de R$ 380 milhões.
Como mais do que previsível, há muitas críticas à inconsequente decisão, quando faltam verbas para saneamento básico, rodovias, saúde, educação e temos cerca de 7 mil obras paralisadas no País.
É bem impressionante a insensibilidade de muitos políticos quando se sabe que o conceito da classe está caindo todos os meses, mercê da não aprovação de tantas leis e mudanças pelas quais os brasileiros aguardam há anos, algumas há décadas.
Por mais que sejam fundamentais à democracia e espera-se que isso seja para sempre, com o Legislativo atuando, não se pode deixar de criticar esse autêntico absurdo em meio a tanta falta de verbas. A impressão que muitos parlamentares passam é a de que, eleitos e chegando em Brasília, esquecem de tudo o que falaram e prometeram, e da sua verdadeira obrigação, que é pensar e trabalhar pelos superiores interesses da nação.
Agora mesmo o ano legislativo está por ser encerrado e há muito o que aprovar, matérias que, como já é tradicional, acabam ficando para a undécima hora, quando são levadas a plenário para análise e aprovação, ou não. É desalentador constatar-se que, ano após ano, o Congresso repete os mesmos erros nos quesitos básicos. Além do que recebem e dos auxílios e planos como os de saúde e educacional, alguns dos quais são escandalosamente ampliados para familiares, os detentores de cargos eletivos olvidam, tudo indica, olimpicamente, o que realmente interessa ao País.
O que se espera é que antes do ano terminar para os deputados federais e senadores, muito do que está errado em termos financeiros seja revisto, começando pelo Fundo Eleitoral, agora ampliado para R$ 3,8 bilhões em 2020. Não se pode esperar nada menos do que um recuo para os valores antes anunciados, ainda que, da mesma forma, também altos. Os partidos podem e devem receber alguma ajuda, mas não com valores como os anunciados, quando apenas dois partidos, o antes do presidente Jair Bolsonaro e o principal da oposição, PSL e PT, receberão os maiores quinhões do polpudo e descabido Fundo Eleitoral. Basta de tanta irresponsabilidade.
 
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