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Opinião

- Publicada em 09 de Dezembro de 2019 às 03:00

O Brics e a energia

Analisando o mundo da energia e o Brics, observamos coisas em comum e grandes diferenças. China, Índia, Rússia e África do Sul são os países que têm como base da sua matriz energética os combustíveis fósseis. No Brasil, ao contrário, a base são as fontes renováveis. Só a China consome 49% do carvão mineral mundial. Quase 70% da geração de energia elétrica daquele país é a base de térmicas a carvão mineral. Em 2018, incorporou 38 GW de usinas novas a carvão mineral. Na Índia, com 13% do consumo mundial do mineral, o carvão representa 74% da matriz de geração de eletricidade.
Analisando o mundo da energia e o Brics, observamos coisas em comum e grandes diferenças. China, Índia, Rússia e África do Sul são os países que têm como base da sua matriz energética os combustíveis fósseis. No Brasil, ao contrário, a base são as fontes renováveis. Só a China consome 49% do carvão mineral mundial. Quase 70% da geração de energia elétrica daquele país é a base de térmicas a carvão mineral. Em 2018, incorporou 38 GW de usinas novas a carvão mineral. Na Índia, com 13% do consumo mundial do mineral, o carvão representa 74% da matriz de geração de eletricidade.
Na Rússia, o gás e o petróleo são os combustíveis mais importantes, mas o carvão mineral tem relevância. Em 2018, foram consumidos 232 milhões de toneladas. Já na África do Sul, o carvão representa 90% da geração de eletricidade. No Brasil, em 2018, o carvão mineral gerou 12 TWh, ou seja, apenas 2,18% da geração de 582 TWh.
No Brasil, a geração hidráulica foi 71,82% do total. O crescimento exponencial da economia chinesa foi baseada no uso do carvão mineral. Desde a década de 1990, o país asiático implantou um programa de universalização de acesso à energia elétrica, quando mais de 600 milhões de pessoas tiveram acesso à energia elétrica. A China de hoje está buscando universalizar o consumo de energia limpa para cozinhar, como forma de reduzir a poluição dos centros urbanos, uma vez que cerca de 400 milhões de chineses ainda usam todo o tipo de combustível para se aquecer e cozinhar.
Um programa de geração de gás sintético, a partir da gasificação de carvão mineral, está em curso com a previsão de produzir 17 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás sintético de carvão, já em 2020. Na Índia, onde 169 milhões de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade e 800 milhões não possuem acesso à energia limpa para aquecimento e cozimento de alimentos, o uso do carvão mineral nos próximos anos aumentará. Com a urbanização e o desenvolvimento ocorrendo de forma acelerada nesses dois países, a necessidade de cimento, aço e energia transforma essas duas nações em enormes demandadores de energia fóssil, principalmente o carvão, que é a base da energia do cimento e do aço.
Desse modo, e diante das previsões do World Energy Outlook (IEA/WEO19), observamos o papel relevante do Brics no cenário energético mundial, trazendo mais tecnologia, investimentos e geração de emprego e renda. A energia fóssil é o pilar do desenvolvimento, revelado pela revolução industrial, em meados do século XVIII. Três séculos depois, a nova revolução industrial nos países da Ásia e África, alavancada pelos países do Brics, traz o desafio geopolítico de manter a paz e o desenvolvimento sustentável para toda a humanidade.
Presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM)
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